TexAgora não é mais proposta. Está valendo. O governo publicou a medida provisória que aumenta vários impostos para compensar um recuo parcial no novo IOF. As mudanças centrais são estas aqui: 

• Os títulos que eram isentos, tipo LCI e LCA, passam a pagar 5% de imposto. Na comparação com outros investimentos de renda fixa, porém, ainda existe uma vantagem razoável nesse quesito, porque o IR mínimo ali, de 15%, acabou.
  
  

• Como a gente comentou ontem aqui: o dinheiro que passar mais de dois anos em fundos de renda fixa ou títulos do Tesouro Direto vai pagar 17,5% de imposto. Antes, eles pagavam só 15%.
  
  

• Não é só isso. Se você vender mais R$ 20 mil em ações num mês, com lucro, vai pagar 17,5% em cima do ganho. Antes, era 15%. Dividendos seguem imunes a imposto. Mas o JCP, um tipo de provento pago por empresas gigantes, vai pagar mais. Era 15%. Vai para 20%.
  
  

• No IOF, deram um passo para trás no imposto sobre “antecipação de recebíveis”. São empréstimos que comerciantes e empresas em geral tomam com a garantia de valores que têm a receber lá na frente. O governo tinha fixado 3,95% como teto. Caiu para 0,8%.

Arrefece também aquele IOF novo do VGBL, feito para os mais abastados. Se você colocasse R$ 50 mil ou mais em um mês, teria de pagar 5% em cima do aporte todo. Agora, cai para 5% sobre o que exceder 300 mil no ano. Em 2026, só vão morder o que passar de R$ 600 mil.to

Na foto: protótipo do Cybercab, da Tesla. Essa é a maior aposta da empresa há um bom tempo: um táxi autônomo, projetado sem volante, pedais, nada. Só bancos e um sistema robótico de direção. Musk disse na terça que a estreia deles está prevista para 22 de junho, em Austin, no Texas. O plano é começar com uma frota reduzida, de 10 a 20 unidades. (Divulgação)

Desde 2021, fundos de venture capital investiram US$ 2,5 bilhões em tecnologia nuclear nos EUA. Antes disso, os aportes anuais estavam perto de zero. O que mudou? Bom, data centers de IA consomem mais energia elétrica do que uma frota de Opalas 6 cilindros bebe de gasolina. Com a tecnologia crescendo desenfreada, a demanda por eletricidade avança junto – e ajuda muito se ela vier de fontes que não emitem CO2, caso da energia atômica.

• A Standard Nuclear é uma das startups do setor. Ela desenvolve um combustível novo, o TRISO, que é uma pastilha de urânio do tamanho de uma semente de maracujá, revestida com camadas de carbono e silício. Serve para abastecer os Pequenos Reatores Modulares (SMRs), considerados mais seguros que as usinas nucleares tradicionais.
  

• O desafio: encontrar clientes, já que nenhum dos potenciais compradores da empresa concluiu seus SMRs nos EUA. Outro problema vem em 2028: entra em vigor a proibição americana ao urânio enriquecido da Rússia – matéria-prima da energia nuclear. Hoje, os russos dominam quase metade do mercado global e 25% da demanda americana.

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal.