O bitcoin em 2026

🌬️ A volta dos investimentos no setor eólico | 💸 Recorde de inadimplentes no Brasil

Ouça a versão em áudio:

As forças que podem mover o bitcoin em 2026

O bitcoin subiu 35% de janeiro a outubro. Dali em diante, veio a descida da montanha-russa, e agora a cripto cai 8% no ano. Como será em 2026? Impossível cravar qualquer coisa, mas alguns fatores palpáveis podem alimentar a bola de cristal – seja do lado otimista, seja do pessimista.  

  • De um lado, tem o caminho dos juros americanos. O mercado prevê que eles caiam dos atuais 3,75% para bem perto da casa dos 2%. Isso seria vitamina para toda forma de renda variável, a classe do bitcoin. 

  • Do outro lado, tem o temor da “bolha da IA”. Só vamos saber se é bolha se estourar. Caso isso aconteça, os estilhaços vão bater com força em toda a renda variável. E o bitcoin, especialmente volátil, não passaria incólume.

Outra ameaça é a desconfiança em relação às empresas que contraem dívida para juntar bitcoins em caixa. A Strategy, "mãe" de todas elas e que detém três de cada 100 bitcoins em circulação no mundo, cai 50% no ano. Caso esse tipo de negócio degringole no ano que vem, não será uma boa notícia para o bitcoin.       

Hoje vamos falar sobre:

♻️ Orizon faz M&A de R$ 3 bilhões

🌬️ A volta dos investimentos no setor eólico

💸 Recorde de inadimplentes no Brasil 

💡 O que pode acontecer com a Enel em SP?

HIGHLIGHTS

💧 Aegea na bolsa

A companhia de saneamento Aegea pretende abrir capital em 2026, segundo a Bloomberg. Ela contratou o BTG, o Itaú BBA e o Morgan Stanley para ajudar no processo. É a segunda empresa do setor a avançar nessa direção: na semana passada, a BRK Ambiental protocolou um pedido de IPO na CVM.

🧵 Credores da Coteminas aprovam plano de RJ

A Coteminas entrou em recuperação judicial em julho de 2024, com uma dívida de R$ 2 bilhões. Só agora, nesta semana, os credores aprovaram o plano. O próximo passo é a homologação judicial. O plano prevê a venda de seis fábricas, espalhadas por quatro estados.

♻️ Orizon faz M&A de R$ 3 bilhões

A Orizon, uma das maiores operadoras de aterros sanitários do país, comprou a concorrente Vital, da família Queiroz Galvão. O negócio será via emissão de ações: para a operação, a companhia vai emitir 42 milhões de papéis, o equivalente a R$ 3 bilhões. Pelo novo arranjo, os Queiroz Galvão ficam com 30% da Orizon. 

UMA IMAGEM

A Vestas vai fornecer 184 turbinas para um novo parque eólico da Casa dos Ventos. O contrato é de cerca de R$ 5 bilhões. Ele marca a retomada dos investimentos do setor eólico, parados no país desde 2023.

  • Batizado de Dom Inocêncio, o complexo ficará no Piauí e deve ser concluído em 2028.

  • A energia gerada ali será destinada principalmente a data centers no nordeste e no sudeste.

Na foto: Babilônia Centro, complexo da Casa dos Ventos na Bahia (Divulgação).

Chevron continua na Venezuela mesmo com o endurecimento das sanções dos EUA

Os EUA vêm apertando o cerco contra o petróleo venezuelano. Trump determinou que qualquer navio sancionado que entre ou saia do país pode ser interceptado e apreendido – uma tentativa de sufocar economicamente o regime de Nicolás Maduro. Para a Chevron, porém, tudo segue como antes.

  • Ela opera na Venezuela há mais de 100 anos e, hoje, é a única grande petroleira americana ainda ativa por lá. A produção é feita em parceria com a estatal PDVSA. A fatia da Chevron é exportada legalmente para os EUA, amparada por uma licença americana. 

  • Já a parte da PDVSA está sujeita a sanções internacionais. Para escoar esse volume, o governo venezuelano recorre ao mercado paralelo – com vendas principalmente para a China e Cuba, geralmente com um desconto generoso.

Em Washington, a presença da Chevron divide opiniões. Para uma ala da Casa Branca, a operação ajuda a financiar o governo Maduro. Para outra, manter a empresa ali garante aos EUA alguma influência econômica no país.

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.

UM NÚMERO

R$ 124,1 bilhões

É o valor que as empresas brasileiras já anunciaram em dividendos e JCP desde outubro, na corrida para fugir da taxação a partir de 2026.

  • Agora, uma decisão da Justiça Federal deu mais tempo a algumas empresas. A liminar diz que a isenção vai continuar valendo para dividendos aprovados entre janeiro e abril de 2026.

  • A decisão, no entanto, não vale para todo o mercado – só para quem entrou com a ação.

UM GRÁFICO

Nunca houve tantas empresas inadimplentes no Brasil. Em outubro, 8,7 milhões de companhias tinham ao menos uma dívida em atraso – alta de 24% em um ano.

  • Desse total, 8,2 milhões eram micro, pequenas e médias empresas. Juntas, elas tinham R$ 185 bilhões em contas sem pagar. 

  • Na média, cada negócio inadimplente acumulava sete contas em atraso, com uma dívida média de uns R$ 24 mil.

VALE PARAR PARA LER

💡 O que pode acontecer com a Enel em SP?

Embora a legislação preveja instrumentos duros, como intervenção e caducidade, a experiência recente do setor aponta para um caminho menos traumático: a reorganização da concessão, que pode incluir a troca de controle associada à renovação contratual no mesmo pacote – algo especialmente importante neste caso, já que a concessão em São Paulo termina em 2028.

🔋 Ford corta planos para veículos elétricos

No início do ano, o governo Trump cortou os subsídios para energia limpa e veículos elétricos. Com isso, projetos do tipo ficaram caros demais nos EUA. Aí a Ford decidiu reduzir os investimentos em carros elétricos – e assumiu que não deve recuperar US$ 19,5 bilhões já investidos. Ontem, a empresa cancelou um contrato de US$ 6,5 bilhões para fornecimento de baterias da LG Energy Solution.

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É isso. Boa quinta-feira!

Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito

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