No sábado, Sanae Takaichi foi eleita primeira-ministra do Japão. Na terça, o ouro passou de US$ 4 mil pela primeira vez. Não foi coincidência. Takaichi defende uma agenda de mais estímulos econômicos – e quer que o banco central japonês ajude, mantendo os juros baixos.

• É uma tendência entre países desenvolvidos: nos EUA, França, Alemanha e Reino Unido, lideranças políticas vêm pressionando por juros menores.

• Entre 2008 e 2022, a dívida pública desses países cresceu desenfreada. Nesse meio tempo, a inflação aumentou e os BCs precisaram subir os juros para contê-la. Com taxas mais altas, as dívidas ficaram mais caras.

Trump, por exemplo, defende cortar os juros para conter a dívida americana. Mas não é uma boa ideia: BCs precisam de autonomia para controlar a inflação – e, assim, preservar o valor da moeda. Quando essa confiança vacila, os investidores correm para ativos que consideram mais seguros. E o ouro passa dos US$ 4 mil.

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Eles coletam dados de mercado e avaliam se um ativo é ou não uma boa oportunidade, com base em padrões históricos e critérios pré-definidos. Se concluírem que vale a pena, executam automaticamente as ordens de compra ou venda – sem precisar de um clique humano.

• Esses são os robôs-traders, famosos entre quem faz day trade – estratégia em que as operações de compra e venda acontecem no mesmo dia.

• Há também os robôs-advisors, voltados à alocação de longo prazo. Eles analisam o perfil do investidor, seus objetivos e sua tolerância a risco para montar uma carteira personalizada. 

Leia mais nesta reportagem de Juliana Machado.

A Hyundai tentou conquistar Trump, mas levou um fora

A Hyundai seguiu à risca o ritual de cortejo a Donald Trump: doou US$ 1 milhão para a cerimônia de posse, prometeu transferir fábricas do México para os EUA e anunciou investimentos de US$ 26 bilhões no país.

• Mesmo assim, não escapou das tarifas de 25% sobre carros importados. E, em setembro, virou alvo de uma megaoperação migratória: mais de 300 engenheiros coreanos foram presos na fábrica da montadora na Geórgia, acusados de trabalhar com vistos irregulares.

• A empresa decidiu manter seus investimentos. Afinal, os EUA são seu principal mercado, responsável por metade do lucro operacional. 

Mas o episódio acabou se tornando um símbolo do risco de depender da boa vontade de Trump, cujas decisões, humores e afeições são, no mínimo, imprevisíveis.

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.