“Não é só futebol”, dizem. E não é mesmo. Nas novas arenas, os gramados servem tanto ao corre-corre dos 22 jogadores quanto aos milhares de fãs que transformam as quatro linhas em pista de dança.

• O Allianz Parque, do Palmeiras, foi pioneiro nesse modelo. Em 2009, o clube cedeu o terreno para a construtora WTorre erguer o estádio. O acordo: o Palmeiras ficaria com parte da bilheteria dos jogos e dos camarotes, enquanto a empresa administraria eventos e áreas corporativas. 

• Deu certo. O Allianz virou o padrão-ouro das arenas brasileiras e já recebeu mais de 10 milhões de pessoas, em mais de 300 jogos e 230 shows. Só em 2024, faturou R$ 241 milhões — alta de 20% no ano. Boa parte veio dos shows: foram 30 partidas e 47 espetáculos. 

• Agora, o Pacaembu deve seguir um caminho semelhante. Em 2020, o estádio está sob gestão da concessionária Allegra Pacaembu, liderada por Eduardo Barella. Rebatizado como Mercado Livre Arena Pacaembu, o espaço será transformado em uma arena boutique, com hotel, restaurantes, escritórios e até um centro de reabilitação do Hospital Albert Einstein.

Barella completa: “E a localização é incrível. É como se o Maracanã ficasse no Leblon.”

 Leia mais nesta reportagem de Greg Prudenciano.

A Nvidia faturou US$ 46,7 bilhões no último trimestre – recorde histórico, e uma alta anual de 56%. O lucro disparou 59%, para US$ 26,4 bilhões. Um resultado para emoldurar.

• Só que o mercado não se animou. Ontem, as ações chegaram a cair 5% no início do after market americano. É que a projeção para o próximo trimestre não impressionou: receita de US$ 54 bilhões – em linha com o consenso do mercado, mas abaixo dos mais otimistas, que sonhavam com até US$ 60 bi.

• Fato é que, para a Nvidia, o extraordinário não é mais suficiente. Protagonista da corrida da IA, ela já vale mais de US$ 4 trilhões na bolsa e responde sozinha por 8% de todo o S&P 500. Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, já dizia o tio do Homem-Aranha. 

Na foto: este é o GB200 Blackwell, o 'superchip de IA' da Nvidia lançado no ano passado.

Para os jovens, está cada vez mais difícil abrir as primeiras portas do mercado de trabalho. Nos EUA, a taxa de desemprego entre pessoas de 18 a 24 anos chegou a 10% em julho – acima dos 9% de um ano atrás, e bem distante da média nacional, de 4,2%.

• Parte disso já tem a ver com o avanço da IA: o ChatGPT, afinal, consegue escrever e-mails, montar planilhas, ajudar em análises de dados – tarefas operacionais que, até pouco tempo, eram entregues ao estagiário.

• Mas essa lógica não vale se você está do outro lado – ajudando a construir a própria IA. Nessa turma, os salários iniciais subiram em média 12% entre 2024 e 2025. E as promoções chegam quase duas vezes mais rápido que para colegas de outras áreas de tecnologia.

• Na Databricks, uma empresa de software de análise de dados, um pesquisador de IA generativa com dois anos de experiência já embolsa entre US$ 15 mil e US$ 20 mil por mês – fora o bônus em ações. A companhia, aliás, pretende triplicar neste ano as contratações de recém-formados.

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.

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