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O que falta para o Brasil ter uma bolsa de energia
💼 O lobby da Taurus nos EUA | ⚛️ O futuro de Angra 3 é incerto
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O que falta para o Brasil ter uma bolsa de energia
Até o fim de 2027, o Brasil será um mercado de energia plenamente livre. De grandes fábricas a moradores de microapartamentos, todos poderão escolher de quem comprar eletricidade. E isso deve transformar a forma como precificamos, compramos e vendemos energia no país.
Até lá, a N5X pretende virar uma "bolsa de energia" completa, nos moldes das bolsas de valores tradicionais. Desde junho de 2024, a companhia opera como uma plataforma de negociação de energia, e já movimentou R$ 1 bilhão.
Hoje, seus clientes são companhias de grande porte – que já estão autorizadas a negociar no mercado livre. Casa dos Ventos, Eletrobras e Minerva, por exemplo, já usam a Tela N5X.
Agora, a meta é incorporar a função de câmara de compensação, uma entidade que registra e padroniza todos os contratos, além de funcionar como fiadora da transação: garante que o contrato vai ser cumprido, mesmo que uma das partes atrase ou quebre.
Leia mais nesta reportagem de Greg Prudenciano.
Hoje vamos falar sobre:
🏃➡️ Amazon na corrida do e-commerce
⚛️ O futuro de Angra 3 é incerto
🔄 Um é pouco, dois é bom, três é demais
💼 O lobby da Taurus nos EUA
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HIGHLIGHTS
🏃➡️ Amazon na corrida do e-commerce
A Amazon esquentou a briga com o Mercado Livre e a Shopee no Brasil. Até dezembro, a companhia não vai cobrar nenhuma taxa dos vendedores que usam seu serviço de fulfillment – em que ela fica responsável por toda a logística, do estoque à entrega. Depois do anúncio, as ações do Mercado Livre caíram 6,8% ontem.
🛢️ Prio vende fatia no Golfo do México
A Prio vendeu 10% de um bloco de petróleo no Golfo do México para a TotalEnergies. Segundo a companhia, faz parte de uma estratégia de otimização do portfólio. A região costuma ser disputada entre as petroleiras: no último leilão, em 2023, foram 353 ofertas para 311 blocos.
🖥️ O data center da Petrobras
A Petrobras assinou um contrato de R$ 2,3 bilhões com a Elea, de infraestrutura digital, para usar um data center em São Bernardo do Campo (SP). O acordo foi fechado por licitação pública e dura 17 anos. A ideia é usar o local para processar dados das áreas de exploração, pesquisa e reservatórios.
UMA IMAGEM

O governo federal pediu que o BNDES e a Eletronuclear atualizem os estudos sobre Angra 3. O relatório terá que considerar três cenários: concluir a obra com capital privado, concluir só com dinheiro público, ou abandonar de vez o projeto.
Estima-se que o Brasil já tenha desembolsado R$ 12 bilhões com Angra 3. Um estudo anterior dizia que seriam necessários mais R$ 23 bilhões para concluí-la – ou R$ 21 bilhões para desmontá-la.
Na foto: o complexo nuclear de Angra dos Reis (Getty).

Um é pouco, dois é bom, três é demais
Às vezes, o fundador de uma empresa percebe que passou a vida equilibrando pratos demais. E se pergunta como conseguiu dar conta de tudo. Aí conclui que ninguém sustentaria o mesmo ritmo. Decide, então, entregar o comando de sua empresa não para um, mas para dois sucessores.
Este ano, Oracle e Comcast anunciaram novos pares de CEOs. E, em janeiro de 2026, o criador do Spotify, Daniel Ek, também passará o bastão para uma dupla de executivos.
Ainda assim, o modelo é raro: das 3 mil empresas que compõem o índice Russell 3000, só 33 têm co-CEOs. Dá 1,2% do total.
E nem sempre funciona. A Salesforce já cancelou duas vezes experiências do tipo. A alemã SAP também desistiu da fórmula, após seis meses de testes.
Leia mais neste artigo de opinião do Wall Street Journal, em português.
UM NÚMERO
R$ 4,7 bilhões
É quanto a Gerdau pretende investir no ano que vem – 22% a menos do que o plano de 2025. A empresa já vinha sinalizando que enxugaria o orçamento, graças ao aumento da concorrência da China.
Em quatro anos, o volume de aço chinês triplicou no Brasil, e hoje já responde por 23% do nosso consumo interno.
Por isso, a Gerdau vem perdendo espaço: no 1º semestre, as vendas por aqui caíram 4%, para R$ 12,5 bilhões.
UM GRÁFICO

Até segunda ordem, os EUA estão em shutdown. O Congresso americano ainda não conseguiu aprovar um novo Orçamento. Agora, parte dos serviços federais estão suspensos por falta de verba.
É raro, mas acontece sempre. Dos últimos 50 anos, 15 tiveram paralisações por lá.
A mais longa aconteceu em 2018, durante o primeiro mandato de Trump. Ao todo, foram 36 dias.
VALE PARAR PARA LER
💼 O lobby da Taurus nos EUA
A Taurus contratou Brian Ballard, um advogado muito próximo a Trump, para tentar uma isenção das tarifas por lá. Esta, aliás, tem sido a regra entre empresas afetadas pelo tarifaço: no 1º trimestre, o gasto com lobby em Washington chegou a US$ 908 milhões – o recorde histórico.
🏭 O tempo em que São Paulo refinava terras raras
Foi before it was cool. Em 1949, uma fábrica na zona sul de SP processava monazita, um mix de minerais que reúne cério, neodímio e outros óxidos de terras raras. Mas o interesse ali era outro: o tório, elemento radioativo usado na época para iluminar lampiões. A planta fechou em 1992 após pressão da vizinhança, que temia a radiação do local.
É isso. Boa quinta-feira!
Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi (em férias)
Design: João Brito
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