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Sabesp e Aegea estão de olho na Argentina
✈️ Azul e Gol desistem da fusão – e disparam na bolsa | 🏭 A reestruturação na Braskem
Ouça a versão em áudio:
Sabesp e Aegea estão entre as interessadas no saneamento de Buenos Aires
A Argentina vai privatizar a AySA, companhia de saneamento que atende 15 milhões de habitantes em Buenos Aires e municípios do entorno. Segundo apurou o InvestNews, o leilão despertou o interesse de duas brasileiras: a Sabesp e a Aegea.
Se confirmado, será a primeira vez que uma grande empresa de saneamento do Brasil investe fora do país. E, para ambas, seria um salto relevante na escala operacional:
Na Sabesp, que hoje atende 25 milhões em São Paulo, incorporar a AySA significaria um aumento de 60% na base de clientes. No caso da Aegea, com 33 milhões de usuários em quase 500 municípios, o acréscimo seria de 45%.
O governo argentino começou o processo de privatização em agosto, com um prazo de oito meses para a venda. O leilão deve acontecer, então, até abril de 2026.
Veja mais nesta reportagem de Rikardy Tooge.
Hoje vamos falar sobre:
✈️ Azul e Gol desistem da fusão – e disparam na bolsa
👑 A Meta quer destronar a Apple
🏭 A reestruturação na Braskem
🔧 ‘Consertar’ o Brasil?
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HIGHLIGHTS
🏗️ Emes compra dívida da InterCement
Falando em negócios com nossos vizinhos mais ao sul… O grupo argentino Emes comprou US$ 400 milhões em dívidas da InterCement. A cimenteira está em recuperação judicial desde dezembro, e planeja aprovar seu plano de reestruturação até 6 de outubro.
⛔ ANP interdita Refit
A Agência Nacional do Petróleo interditou a Refit, uma refinaria privada no RJ. Ela foi um dos alvos da operação Carbono Oculto, que investiga esquemas de lavagem de dinheiro do PCC. A suspeita é que a refinaria importava gasolina pronta, mas declarava como se fosse nafta – um derivado bruto de petróleo.
💸 Família Batista no PicPay
Dona do PicPay via J&F, a família Batista injetou R$ 546 milhões na fintech ao longo do 1º semestre, segundo dados divulgados na sexta. A estratégia é seguir bancando a operação até que saia o IPO na Nasdaq – um plano anunciado em 2021 e adiado algumas vezes desde então.
UMA IMAGEM

Em janeiro, a Azul e a Gol assinaram um memorando de entendimentos para, a partir dali, discutir uma fusão. O famoso “vamos marcar de marcar”. Mas as conversas não saíram do lugar. Na sexta, a Abra, holding que controla a Gol, decidiu encerrar oficialmente as tratativas.
O mercado, ao que parece, não confiava nessa união: após o anúncio, os papéis da Gol subiram 5%, e os da Azul dispararam 17%.
Na foto: aeronaves da Gol e da Azul no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.


A Meta quer destronar a Apple
A Meta vem torrando dinheiro no Reality Labs, sua divisão que produz óculos de realidade virtual e aumentada. Desde 2021, o prejuízo acumulado ali foi de US$ 68 bilhões. Só este ano, os analistas projetam perdas de quase US$ 20 bilhões.
Mark Zuckerberg aposta (alto) que os óculos inteligentes são o futuro da IA. A lógica é que, se o aparelho vê o que você vê, consegue reagir na hora e dar respostas precisas. Mais prático do que depender do celular o tempo todo.
No fim das contas, a grande ambição da Meta é superar a Apple no mercado de dispositivos. Mas ainda há muito chão pela frente: em um ano, a empresa vendeu 2,8 milhões de óculos inteligentes – o que representa só 1% da receita que a Apple gera com iPhones.
Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.
UM NÚMERO
14,8%
Foi quanto as ações da Braskem caíram na sexta, após o anúncio de que a empresa contratou assessores para conduzir uma reestruturação financeira.
A petroquímica vive um momento delicado: no último trimestre, sua dívida líquida atingiu US$ 6,8 bilhões – quase 11 vezes o lucro operacional. Um ano antes, o endividamento equivalia a 7 vezes o lucro.
UMA FRASE
“Temos um monte de países para ‘consertar’, como Suíça, Brasil e Índia.”
VALE PARAR PARA LER
🏭 A maior venda da história da Occidental
A Occidental Petroleum negocia vender a OxyChem, sua divisão de petroquímicos, por pelo menos US$ 10 bilhões. Se rolar mesmo, será a maior venda já feita pela companhia – parte dos esforços para reduzir sua dívida, que hoje chega a US$ 24 bilhões.
🎮 O controle da EA
Dona de franquias como Battlefield, FIFA e The Sims, a Electronic Arts (EA) é uma das maiores produtoras de videogames dos EUA, avaliada em US$ 48 bilhões. A companhia negocia vender o controle para um grupo de investidores: a gestora Silver Lake, o fundo soberano da Arábia Saudita, e a Affinity Partners, do genro de Donald Trump.
É isso. Boa semana!
Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito