A guerra do ticket refeição

🟨 China avança sobre o ouro brasileiro | 🛒 Assaí X GPA

Ouça a versão em áudio:

Guerra do ticket: novas regras acirram a concorrência no mercado de benefícios

A chegada de novas regras para as operadoras de vale-refeição, aprovadas em novembro, deve estimular a competição no ramo. A essência ali é o limite de 3,6% nas taxas que as empresas cobram dos estabelecimentos. A taxa média hoje é bem maior, de 7%.  

  • Hoje, 80% da receita do setor está concentrada nas quatro maiores operadoras: Alelo, VR, Ticket e Pluxee (antiga Sodexo). 

  • A margem mais estreita dificulta a negociação de descontos junto aos RHs das empresas. A princípio, isso abre espaço para as operadoras menores.    

As beneficiadas aí seriam Flash, Swile, Caju e iFood Benefícios. E com uma vantagem. As regras novas exigem que todos os cartões sejam aceitos em todas as maquininhas. Isso força as operadoras tradicionais a usar bandeiras como Mastercard, Visa e Elo – coisa que as novas entrantes já fazem.    

Hoje vamos falar sobre:

🚗  Ford pisa no freio com elétricos

🟨  China avança no ouro brasileiro

🛒 Assaí perde round contra o GPA   

💵  Argentina acelera a recomposição das reservas

HIGHLIGHTS

M&A de aterros sanitários

🗑️ A Orizon, responsável pelo tratamento de 11% do lixo coletado no Brasil, está em vias de concluir a compra de uma concorrente, segundo o Valor. Trata-se da Vital Engenharia Ambiental, parte do Grupo Queiroz Galvão, e que cuida de 5% do lixo nacional. 

🛒 Assaí perde round contra o GPA

A Justiça negou um pedido do Assaí contra o GPA, seu antigo controlador. A rede de atacarejo queria que o dono do Pão de Açúcar assumisse sozinho as dívidas fiscais de antes da separação das empresas. Elas envolvem R$ 36 milhões em impostos devidos.

UMA IMAGEM

A CMOC, uma mineradora da China, comprou as operações da canadense Equinox no Brasil. São quatro minas de ouro: uma no Maranhão, uma em Minas e duas na Bahia. Fecharam o negócio por US$ 1 bilhão.

  • Essa estatal chinesa já extrai 10% do nióbio brasileiro. E agora vai responder também por 10% do ouro minerado por aqui.   

Na foto: pepitas de ouro (Getty Images).

Dois paralelos arrepiantes entre a mania da IA e a bolha ponto-com

A conversa sobre se a IA é ou não é uma bolha já começa a cansar. Mas vale observar uma semelhança inusitada. 

  • A indústria de telecomunicações investiu tanto em fibra ótica na virada do século que boa parte ficou adormecida. Só ganhou utilidade 10 anos depois, com o boom do YouTube.  

  • Agora a onda é, claro, a dos data centers de IA. Data center plugado em usina nuclear, data center debaixo d’água, data center no espaço. Talvez muitas empresas percam dinheiro. Mas não deve faltar infraestrutura para o longo prazo.   

Outro paralelo. Tanto lá atrás como agora, os vendedores de pás e picaretas ganham mais do que os garimpeiros. A Cisco, fabricante de hardware para internet, multiplicou seus lucros há 25 anos. Hoje, quem fatura para valer é a Nvidia, que produz chips de IA – não serviços de IA.   

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.

UM NÚMERO

US$ 10 bilhões

É o tanto de dólares que o Banco Central da Argentina pretende comprar no ano que vem, para recompor suas reservas internacionais – e manter a estabilidade do peso. 

  • A medida aumentaria as reservas de lá em 24%, dos atuais US$ 42 bilhões para US$ 52 bilhões.

  • As reservas do Brasil, só para comparar, estão em US$ 360 bilhões, e as compras no ano somam US$ 32 bilhões até agora, na esteira da queda do dólar.

UMA FRASE

“Em vez de despejar bilhões de dólares sabendo que os carros elétricos de grande porte nunca vão dar dinheiro, estamos mudando de direção”.

Jim Farley, presidente da Ford. A montadora anunciou uma baixa contábil de US$ 19,5 bilhões relacionada ao seu negócio de carros elétricos. “Baixa contábil”, aqui, significa reconhecer no balanço que um ativo vai gerar menos caixa do que o esperado. 
  • A Ford, agora, planeja focar em híbridos. Nos EUA, o market share dos elétricos puros é baixo, na casa dos 7%. E está caindo. No ano passado, eram 8%.  

VALE PARAR PARA LER

🛢️ Oiapoque e o dinheiro do petróleo

Oiapoque (AP), de apenas 28 mil habitantes e com PIB menor que o da Bolívia, está em vias de passar por um crescimento acelerado, por cortesia da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Já começam a pipocar obras de novos hotéis na cidade. Um deles, de sete andares – um arranha-céu para os padrões locais.

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É isso. Boa terça-feira!

Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito

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