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São Martinho entra no etanol de milho – mas sem pressa
🇦🇷 A dolarização pode tirar a Argentina da crise? | 🌪️ A tormenta na Braskem
Ouça a versão em áudio:
São Martinho entra no etanol de milho – mas sem pressa
A São Martinho está investindo R$ 1,1 bilhão em uma usina de etanol de milho em Goiás. A ideia ali não é trocar a cana-de-açúcar, mas abrir espaço para novas fontes de receita. A operação começa em 2027 – e, a partir daí, deve responder por até 20% do faturamento da empresa.
O maior desafio é energético. É que a cana é autossuficiente: depois da moagem, o bagaço que sobra é queimado nas caldeiras. O calor produz energia térmica, que abastece as usinas.
Já o milho não deixa resíduos no processo, e a usina precisa de biomassa externa para funcionar. Na São Martinho, a solução será usar parte do excedente do bagaço de cana para manter a nova planta de pé.
De olho no futuro, a empresa também aposta em biometano e estuda vender etanol certificado para combustível de aviação (SAF) até o fim da década.
Veja mais nesta reportagem de Felipe Mendes.
Hoje vamos falar sobre:
🌪️ A tormenta na Braskem
🇦🇷 A dolarização pode tirar a Argentina da crise?
💪 Os “indícios de uma economia resiliente”
📊 O futuro dos balanços
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HIGHLIGHTS
🌪️ A tormenta na Braskem
As agências Fitch e S&P cortaram as notas de crédito da Braskem para níveis que indicam um risco maior de calote: CCC+ e CCC-, respectivamente. Internamente, a companhia vem discutindo recorrer a uma recuperação extrajudicial para renegociar a dívida.
🚢 Santos Brasil fora da bolsa
A francesa CMA CGM comprou o controle da Santos Brasil e decidiu fechar o capital da operadora portuária. Agora, a companhia protocolou na CVM o pedido para sair da bolsa. As ações devem deixar de ser negociadas em 3 de outubro.
🌬️ Os novos caminhos da TotalEnergies
A TotalEnergies decidiu vender suas operações em energia renovável. Com três exceções: os ativos no Brasil, nos EUA e na Europa. Por aqui, desde 2022, a companhia tem 35% de uma joint venture com a Casa dos Ventos para desenvolver projetos eólicos e solares.
UMA IMAGEM

Na previsão inicial, a Linha 4 do metrô paulistano ficaria pronta até 2014. Mas a obra atrasou, e a última estação só foi sair em 2021.
Para compensar o tempo em que ficou sem operar, a Motiva fechou um acordo com o governo: vai receber uma indenização de R$ 531 milhões e terá a concessão prorrogada por mais 20 anos.
Ontem, a concessionária anunciou a expansão da Linha 4, com duas novas estações. O projeto vai custar R$ 3,9 bilhões – e 76% desse valor será bancado pelo governo estadual.
Na foto: Centro de Controle Operacional da Linha Amarela, em São Paulo.


A dolarização pode tirar a Argentina da crise?
Durante a campanha de 2023, Javier Milei prometia adotar o dólar como moeda oficial da Argentina. A ideia era blindar a economia das desvalorizações do peso. E impedir que o Banco Central emitisse dinheiro novo para bancar a dívida pública – algo que, via de regra, gera mais inflação.
Mary O’Grady, colunista do Wall Street Journal, defende que Milei retome essa promessa. Para ela, a dolarização poderia ser uma saída para a crise no país: ao adotar o dólar, a Argentina evitaria recorrer a novos empréstimos internacionais.
Pelo seguinte: estima-se que os argentinos mantenham US$ 271 bilhões fora do sistema financeiro formal, guardados em cofres e colchões – uma forma de se proteger da desvalorização cambial. Eliminando o peso, esse dinheiro poderia voltar a circular. E dar fôlego financeiro ao país.
Leia mais neste artigo de opinião do Wall Street Journal, em português.
UM NÚMERO
21%
Foi o salto das ações da Ambipar no pregão de ontem. Essa alta, porém, ainda não apagou a queda da semana passada, de 37%.
Na ocasião, a companhia conseguiu na Justiça uma tutela cautelar de 30 dias, uma proteção temporária contra a cobrança de dívidas.
Agora, a empresa contratou o banco BR Partners para ajudar em sua reestruturação, segundo o Pipeline.
UMA FRASE
“Por onde você olha ainda encontra indícios de uma economia resiliente.”
VALE PARAR PARA LER
📊 O futuro dos balanços
Em um artigo no Financial Times, Paul Atkins, o presidente da SEC, defendeu flexibilizar a exigência de balanços trimestrais para empresas de capital aberto. É uma bandeira de Donald Trump: deixar que as empresas escolham se querem divulgar resultados a cada três ou seis meses.
✈️ Como um shutdown nos EUA afetaria sua viagem
O Congresso dos EUA tem até 1º de outubro para aprovar o novo orçamento. Se não houver acordo, o governo entra em shutdown: parte dos serviços públicos para por falta de verba. É pouco provável que isso aconteça. Mas, se rolar, os viajantes devem ficar atentos: controladores de tráfego aéreo e agentes de segurança continuam trabalhando, mas sem salário – o que pode gerar atrasos e cancelamentos.
É isso. Boa terça-feira!
Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi (em férias)
Design: João Brito
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