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GAC, Geely, Jaecoo: a nova onda chinesa de elétricos e híbridos
🏥 O aumento de capital da Oncoclínicas | 💻 Os gargalos no caminho da Nvidia
Alexandre Versignassi
Ouça a versão em áudio:
GAC, Geely, Jaecoo… Entenda a nova onda chinesa de carros elétricos e híbridos
A frota brasileira de híbridos e elétricos já passa de meio milhão de unidades. 60% desses carros são chineses. E a fatia das marcas do país da Muralha segue crescendo. Se você olhar só para os elétricos e híbridos que foram vendidos neste ano, a porcentagem da China sobe para 75%.
Até agora, tudo isso foi obra de basicamente duas montadoras chinesas: BYD e GWM. Nos últimos meses, elas ganharam companhia, com a chegada de GAC, Geely, Zeekr, Jaecoo e Omoda.
Mas não chegam a ser cinco montadoras novas. A Zeekr faz parte da Geely (que é dona da Volvo também). Jaecoo e Omoda são gêmeas. Elas compartilham plataformas e são marcas da Chery, que fabrica por aqui há uns bons anos com a Caoa.
Quem teve mais sucesso até agora foi a Jaecoo. O modelo dela, um SUV parrudo de R$ 230 mil, foi o quinto híbrido plug-in mais vendido em agosto. Ficou com 8,6% do mercado nesse segmento – atrás apenas dos modelos da BYD e da GWM.
Veja mais nesta reportagem do InvestNews.
Hoje vamos falar sobre:
🏥 O aumento de capital da Oncoclínicas
⛏️ O complexo Minas-Rio
💻 Os gargalos no caminho da Nvidia
💰 R$ 25 bilhões no delivery
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HIGHLIGHTS
🏍️ GM vai montar SUV elétrico no Ceará
Falando em carros elétricos… A GM anunciou que começará a montar seu modelo, o Spark, no Brasil ainda este ano. Trata-se de um SUV elétrico que compete com o Dolphin, da BYD. Ele foi lançado primeiro na China, numa joint venture com a SAIC, a segunda maior montadora chinesa. Por aqui, a linha de montagem ficará na cidade de Horizonte, no Ceará, onde ficava a antiga fábrica da Troller.
🏥 O aumento de capital da Oncoclínicas
Os acionistas da Oncoclínicas disseram sim ao plano de aumento de capital da companhia. A proposta é emitir até 800 milhões de novas ações e levantar de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão, segundo o Brazil Journal. Trata-se de um esforço para reduzir a dívida da rede hospitalar, hoje em R$ 3,9 bilhões. Com esse respiro no horizonte, as ações da companhia subiram 7% ontem.
💰 Engie quer sócios para redes de transmissão
A Engie Brasil estuda vender uma parte do seu negócio de transmissão de energia no país – e contratou o Morgan Stanley para conduzir as negociações. Hoje, a empresa opera três concessões entre Paraná, Pará e Tocantins. No ano passado, venceu um leilão para erguer mais seis, que devem acrescentar 780 km à rede.
UMA IMAGEM

A mineradora britânica Anglo American vai se juntar à canadense Teck Resources. Da união nasce a quinta maior produtora de cobre do mundo, avaliada em US$ 53 bilhões.
No Brasil, o novo grupo vai herdar a operação Minas-Rio, que produz minério de ferro em Conceição do Mato Dentro (MG). Hoje nas mãos da Anglo American, a planta tem capacidade para produzir 26,5 milhões de toneladas por ano – o equivalente a 6% da produção nacional.
A operação tem um trunfo logístico: um mineroduto de 529 km – o maior em operação no mundo. Ele transporta a polpa do minério direto de Minas até o Porto do Açu, no Rio.
Na foto: o complexo Minas-Rio (Divulgação).


Os gargalos no caminho da Nvidia
Em maio de 2023, a Nvidia pegou o mundo de surpresa: anunciou que esperava faturar US$ 11 bilhões no trimestre seguinte – 53% a mais do que os analistas projetavam. Foi aí que a fabricante de chips virou o grande símbolo do boom da IA. Desde então, suas ações já dispararam 500%.
Trimestre após trimestre, a Nvidia continuou entregando mais resultado do que sonhava a nossa vã filosofia. Até agora. Em agosto, ela projetou uma receita de US$ 54 bilhões para o próximo período – mais ou menos o que o mercado projetava, mesmo. A partir daqui, seu crescimento tende a ser menos exponencial. E não é por falta de demanda.
É um gargalo na oferta: boa parte dos chips da Nvidia é produzida pela taiwanesa TSMC, que já opera perto do limite da capacidade. E não dá para aumentar a produção da noite para o dia. Os modelos mais avançados de chips de IA reúnem uns 600 mil componentes – entre placas, cabos, conectores, memória. Leva um ano entre o início da fabricação e a entrega ao cliente.
Há também um descompasso na oferta de energia. Rodar modelos de IA exige quantidades cavalares de eletricidade – e leva anos para expandir toda a infraestrutura de geração e transmissão. Na prática, mesmo com chips prontos, não dá para garantir energia suficiente para colocá-los em ação.
Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.
UMA FRASE
“Precisamos corrigir essa questão dos títulos isentos, porque isso está prejudicando o funcionamento do mercado de capitais.”
UM GRÁFICO

Ontem, a Apple apresentou ao mundo seu novo rol de produtos: a linha do iPhone 17, mais as versões atualizadas do Apple Watch e dos AirPods. Só que as novidades não empolgaram, e as ações da companhia caíram 1,5% no pregão de ontem.
No fim das contas, pesa o fato de a Apple ser a única big tech que ainda não lançou nenhum produto relevante em IA. A expectativa era que a Siri ganhasse um upgrade para brigar de frente com o ChatGPT e seus semelhantes. Mas a atualização foi empurrada para 2026.
VALE PARAR PARA LER
💰 R$ 25 bilhões no delivery
Até agora, delivery no Brasil era praticamente sinônimo de iFood. Mas os tempos estão mudando: as chinesas Keeta e 99Food desembarcaram por aqui recentemente. Para enfrentar a nova concorrência, iFood e Rappi anunciaram medidas para reforçar a operação no país – desde novas ações de marketing até melhorias nos apps. Ao todo, as quatro companhias já anunciaram investimentos de R$ 25 bilhões até 2030.
É isso. Boa quarta-feira!
Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito
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