Não existe arrecadação grátis. Acabar com a isenção de imposto às LCIs, como o governo propôs, vai encarecer os financiamentos imobiliários. Quando você compra uma LCI, está emprestando dinheiro para um banco. Aí o banco pega e empresta para quem não pode comprar um imóvel à vista – tipo todo mundo.

• Com a isenção, os bancos têm como pagar menos juros nas LCIs. E, mesmo assim, elas podem render mais do que CDBs e companhia para quem investe. É um esforço do Estado para que exista crédito imobiliário.
  
  

• Faz sentido, porque o financiador tradicional nessa seara é a poupança. E ela passa fome. Desde 2021, os saques ali somam R$ 287 bilhões, quase 30% do saldo atual da coitada.     

A estimativa, no fim, é que a tributação das LCIs em 5% aumente em 0,5 ponto percentual as taxas de financiamento. Traduzindo: para um apartamento de R$ 500 mil financiado em 30 anos, isso significaria R$ 80 mil a mais no custo final. 

Na foto: Esta é uma renderização 3D do Overture, o avião que a americana Boom Supersonic pretende colocar no ar até 2029. A ideia é que ele seja o primeiro avião de passageiros supersônico desde a aposentadoria do Concorde, em 2003 – com capacidade para 80 passageiros e capaz de voar com SAF, o combustível renovável de aviação. (Divulgação)

Lembra dos Bored Apes? Aqueles desenhos de macaquinhos que custavam uma fortuna entre 2021 e 2022. São 10 mil imagens do mesmo personagem, mas com roupas e adereços diferentes. Cada um deles é um NFT – uma espécie de certificado digital que comprova quem é o dono daquele arquivo. Na época, tinha muita gente dizendo que este era o futuro da propriedade digital. Só que, pouco mais de 3 anos depois, só se fala de outra coisa…

• No pico, em fevereiro de 2022, o mercado de NFTs movimentou US$ 11 bilhões. No fim de 2024, esse valor já tinha despencado para US$ 1,36 bilhão – uma queda de 87% em relação à máxima.
  

• E no fundo desse poço não tinha uma mola. Quem comprou na baixa apostando numa recuperação, se deu mal. Nos primeiros meses de 2025, os NFTs movimentaram só US$ 199 milhões – uma queda de mais 84% em cima do tombo anterior. Total desde o pico: um desabamento de 98%.

Leia mais nesta reportagem de Rodrigo Tolotti e Alexandre Versignassi. 

A maioria das latinhas do supermercado são feitas com folhas-de-flandres, chapas finas de aço revestidas com estanho – uma composição que evita ferrugem e contaminação dos alimentos enlatados. Os EUA quase não produzem mais esse tipo de aço: quase 75% do que consomem vem de fora, principalmente do Canadá e da Europa. Só em 2024, foram 1,5 milhão de toneladas importadas.

• No início deste mês, Trump aumentou de 25% para 50% a tarifa sobre todo tipo de aço importado no país. Agora, os produtores de alimentos têm alertado que a alta no custo da folha-de-flandres pode pesar no carrinho dos consumidores. 
  

• Segundo a Associação de Marcas ao Consumidor, a nova alíquota deve aumentar os preços dos enlatados entre 9% e 15%. Ou seja: o valor de uma lata de legumes de US$ 2, por exemplo, pode aumentar entre US$ 0,18 e US$ 0,30. Um impacto considerável para um país que se acostumou a comprar tudo enlatado – de sopa a feijão e abacaxi. 
  

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal.