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Por que o etanol de milho atrai a Petrobras
💻 Os hackers que roubaram R$ 1,2 bilhão | 💸 O desafio da OpenAI para começar a dar lucro
Ouça a versão em áudio:
Por que o etanol de milho atrai a Petrobras
A Petrobras planeja voltar ao mercado de etanol – setor que ela abandonou na década passada para focar totalmente em óleo e gás. A ideia é entrar por meio de joint ventures, com participações minoritárias em empresas do ramo. Segundo a Bloomberg, as negociações mais avançadas são com duas gigantes do etanol de milho: a Inpasa e a FS.
A Inpasa encerrou 2024 como a maior produtora de etanol do país, com 3,7 bilhões de litros – à frente da Raízen, tradicional no etanol de cana, que fez 3,1 bilhões. Ela foi fundada em 2007 no Paraguai, mas por um brasileiro: José Odvar Lopes, o “Seu Zé". Chegou ao Brasil em 2019, com uma usina em Sinop (MT).
A FS estreou mais ou menos na mesma época, em 2017, com uma usina em Lucas do Rio Verde (MT). Na época, tirava 280 milhões de litros dali. Hoje, produz 2,4 bilhões. Isso faz dela a terceira maior produtora de etanol do país, atrás só da Inpasa e da Raízen.
E por que milho? O Brasil, afinal, é o país da cana desde o século 16. Só que o etanol de milho custa até 40% menos para produzir. Resultado: já responde por 20% do etanol brasileiro – 7,5 bilhões de litros, de um total de 37 bilhões. E deve passar de 30% nos próximos dez anos.
Veja mais nesta reportagem do InvestNews.
Hoje vamos falar sobre:
💻 Os hackers que roubaram R$ 1,2 bilhão
🎾 O plano da Slyce para vestir o boom do tênis no Brasil
💸 O desafio da OpenAI para começar a dar lucro
💼 Nova rodada de negociações entre EUA e China
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HIGHLIGHTS
💻 Os hackers que roubaram R$ 1,2 bilhão
A Polícia Federal prendeu oito suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em ataques hackers ao sistema financeiro. Eles seriam os responsáveis pela invasão à C&M Software, em junho, que roubou cerca de R$ 800 milhões. E pelo ataque à Sinqia, em agosto, que levou outros R$ 400 milhões. Segundo a PF, no momento da prisão, eles se preparavam para um novo alvo: a Caixa Econômica Federal.
🚑 Conselho da Oncoclínicas resiste à Starboard
Na semana passada, a gestora Starboard propôs injetar até R$ 1,7 bilhão na Oncoclínicas. A ideia é comprar as dívidas da empresa e convertê-las em ações, para se tornar uma acionista relevante. Mas conselheiros da rede hospitalar não gostaram da ideia e já se articulam para barrar a oferta, apurou o InvestNews.
🇸🇹 Petrobras vai a São Tomé e Príncipe
A Petrobras comprou 27,5% de um bloco de exploração em São Tomé e Príncipe, na África. Agora, ela passa a integrar um consórcio com mais três sócios: a Shell, com 30% de participação, a portuguesa Galp, com 27,5%, e a agência nacional ANP-STP, com 15%. A companhia já atua no país desde fevereiro de 2024, quando adquiriu participações em outros três blocos por lá.
O MELHOR DO INVESTNEWS
Nem Nike, nem Adidas – o plano da novata Slyce para vestir o boom do tênis no Brasil

O tênis está em alta no Brasil. O US Open 2025 alcançou 1,8 milhão de pessoas na TV por assinatura, 31% a mais que em 2024. E teve um tempo médio de 58 minutos por espectador – recorde histórico. Antes disso, em maio, os jogos de João Fonseca em Roland Garros já lideravam a audiência na TV paga.
É nesse embalo que a Slyce quer se firmar como a marca premium dos tenistas. A companhia foi criada há pouco mais de um ano por Jorge Castello Branco e Felipe Tersi, dois ex-analistas de M&A do Itaú BBA. Hoje, ela patrocina 16 atletas – entre eles Luísa Stefani, que disputa o SP Open, e Daniel Rodrigues, tenista paralímpico de alto rendimento.
A Slyce já tem duas lojas, uma na Fazenda Boa Vista e outra no Shopping Morumbi, e planeja abrir mais duas até 2026. Seus produtos variam de R$ 600 a R$ 1.200, com a proposta de ocupar o espaço do “premium acessível”: mais cara que a Fila, mas abaixo dos preços de Lacoste e On no segmento esportivo.
Leia mais nesta reportagem de Raquel Brandão.


O desafio da OpenAI para começar a dar lucro
Menos de três anos depois de seu lançamento, o ChatGPT já soma mais de 700 milhões de usuários semanais – de longe, o aplicativo que cresceu mais rápido na história. Sua criadora, a OpenAI, caminha para fechar 2025 com US$ 13 bilhões em receita, três vezes mais que no ano passado.
Ainda assim, a conta não fecha. O CEO, Sam Altman, prevê que a empresa só se tornará lucrativa em 2029. E, até lá, o prejuízo acumulado deve chegar a US$ 44 bilhões.
Para dar lucro, a OpenAI depende que empresas e consumidores aumentem seus gastos com IA em ritmo explosivo nos próximos anos. A dúvida é quando – e se – isso vai acontecer.
Pesquisas recentes sugerem que pode demorar mais do que o mercado espera. Hoje, só 3% dos consumidores pagam por serviços de IA. No mundo corporativo, um estudo da McKinsey mostrou que oito em cada dez empresas ainda não veem impacto relevante nos resultados financeiros com o uso de produtos de IA.
Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.
UM NÚMERO
R$ 207,9 milhões
Foi quanto o fundo imobiliário TRX Real Estate pagou por 44% de um centro de distribuição alugado ao Mercado Livre em Araucária (PR).
Com a aquisição, o fundo passa a ter 73 imóveis em 40 cidades, somando mais de 720 mil metros quadrados.
Hoje, o Mercado Livre é o maior inquilino do Brasil, com algo em torno de 2,6 milhões de metros quadrados em galpões espalhados pelo país.
UMA FRASE
“Não espero avanços de verdade entre EUA e China até que haja uma reunião cara a cara entre Trump e Xi Jinping.”
William Reinsch, pesquisador sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, em entrevista à Reuters. No domingo, delegações dos dois países se reuniram em Madri para mais uma rodada de negociações comerciais – a quarta em quatro meses. Até aqui, nada de acordo. As conversas continuam hoje.
VALE PARAR PARA LER
🍦 Sorvete chinês no Brasil
Mais uma gigante chinesa está chegando ao Brasil: a Mixue, rede de fast-food de sorvetes e bebidas. Será a estreia da marca no Ocidente. Hoje, ela já tem 53 mil lojas na Ásia e na Oceania – mais do que o McDonald’s no mundo inteiro. O plano por aqui é ambicioso: investir R$ 3,2 bilhões na abertura de lojas e numa fábrica própria de insumos.
💉 O empurrãozinho ao Ozempic nacional
A Anvisa decidiu acelerar a análise de canetas de emagrecimento produzidas no Brasil, a pedido do Ministério da Saúde. A ideia é ampliar a produção nacional para que ela cubra 70% da demanda – contra 42% hoje. A Novo Nordisk, dona do Wegovy e do Ozempic, foi à Justiça contra a medida. Ela alega que não há risco de desabastecimento no mercado, e que a decisão não tem base técnica.
É isso. Boa semana!
Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito
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