A crise da Ambipar e da Braskem chacoalhou a confiança dos investidores no mercado de debêntures. Agora, os títulos de empresas mais endividadas estão perdendo valor: para se desfazer deles, os investidores topam vendê-los com desconto.

• Para quem investe, significa o seguinte: os papéis de dívida passam a render mais, pois você paga menos por eles para receber o mesmo tanto lá na frente, quando a empresa quitar suas debêntures. 

• Mas não existe banquete grátis. A rentabilidade maior vem junto com um risco mais alto de a empresa não conseguir pagar a dívida – ao menos na visão do mercado.

As debêntures da Raízen, por exemplo, estão sendo negociadas com descontos de até 22% no mercado secundário. As do grupo Simpar, 20%. Já as da Oncoclínicas chegam a 40% de deságio.

Leia mais nesta reportagem de Sérgio Tauhata. 

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A GM desistiu de ampliar uma de suas fábricas no Canadá. A planta faria componentes para baterias de carros elétricos – e a Vale forneceria o níquel usado ali.

• Com isso, a Vale também cancelou o investimento de US$ 231 milhões que faria numa fábrica de sulfato de níquel por lá.

 Na foto: uma mina de níquel da Vale na Indonésia (Reuters)

CONTEÚDO DE MARCA: NUBANK

Roberto Campos Neto: tributação de fintechs já é maior que a de bancos

A taxa de impostos efetivamente paga pelas fintechs no ano passado foi de 29,7%, mais que o dobro dos 12,2% pagos pelos grandes bancos, de acordo com a Zetta, entidade que reúne empresas de tecnologia e serviços financeiros.

"Nenhuma fintech quer tratamento privilegiado”, disse Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central e hoje vice-chairman do Nubank, ao videocast Perspectivas. Ele menciona, ainda, pesquisas que mostram o impacto positivo das fintechs em inovação, concorrência e inclusão bancária, como demonstra estudo recente do FMI que aponta redução nos custos para os clientes.

Como candidato, Milei prometia abolir o peso. Ele via a moeda como a raiz da crise na Argentina: enquanto o governo pudesse imprimir mais dinheiro para cobrir o déficit, não teria disciplina fiscal – e a inflação seguiria descontrolada. A solução, dizia, era dolarizar a economia.

• Como presidente, Milei tem se esforçado para manter o peso vivo – e forte. Em meio a uma nova crise de confiança dos investidores, a Argentina fechou um empréstimo de US$ 20 bilhões com os EUA para tentar estabilizar o câmbio.

• Uma moeda estável ajuda a conter a inflação. E um peso valorizado agrada o eleitorado, que ganha mais poder de compra para gastar no exterior.

Martín Rapetti, economista da Universidade de Buenos Aires, diz: “do ponto de vista econômico, o certo seria deixar o peso flutuar. Mas o governo Milei se apaixonou por um peso forte”. 

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.

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