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Como as gestoras de investimentos usam IA
⚖️ RCN: ataques ao BC enfraquecem a política monetária | 🇨🇳 Investimento chinês no Brasil
Alexandre Versignassi
Ouça a versão em áudio:
Como as gestoras de investimentos já usam IA na tomada de decisões
Roda serve para girar. Batom, para embelezar. E inteligência artificial? Dá para definir de forma breve? Talvez. Ela é a primeira ferramenta da história a preencher a lacuna entre intuição humana e poder computacional bruto. E essa é uma característica interessante quando o assunto é gestão financeira.
Tanto que o JP Morgan desenvolveu uma ferramenta proprietária de IA. O trabalho dela é evitar que os gestores de portfólio acabem vendendo uma ação cedo demais – antes que ela suba tudo o que tenha de subir.
Para isso, o robô analisa 40 anos de dados. Ele olha para casos clássicos de alta, como o da Coca-Cola nos anos 1980. E aí tenta dizer se já é mesmo hora de vender Nvidia, por exemplo, que já subiu 1.000% desde 2022.
Enquanto as grandes testam IA como ferramenta de análise, algumas pequenas testam como ferramenta de marketing. É o caso da australiana Minotaur. Ela se vende como uma gestora meio que 100% IA. São só três funcionários e um robô. Não dá para dizer que não funciona: o retorno deles no ano está em 27%.
Veja mais nesta reportagem do InvestNews.
Hoje vamos falar sobre:
🏪 Raízen encerra participação no Oxxo
⚖️ RCN: ataques à autonomia do BC enfraquecem a política monetária
👣 O tênis de 5 dedos e o ciclo natural da moda
🇨🇳 Os setores favoritos dos chineses no Brasil
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HIGHLIGHTS
🏪 Raízen encerra participação no Oxxo
A Raízen encerrou sua participação no Grupo Nós, joint venture com a mexicana Femsa que operava os mercados Oxxo no Brasil. Criada em 2019 com a ambição de abrir 5 mil lojas, a parceria entregou só 611 unidades – 12% da meta. Agora, cada uma segue seu caminho: a Femsa fica com os Oxxos, e a Raízen com as 1.256 lojas Shell Select e Shell Café, redes de conveniência dos postos.
🚪 Reag extingue Conselho Consultivo
A Reag informou que todos os membros de seu Conselho Consultivo renunciaram em conjunto. Funcionava como time de mentores externos: executivos convidados para orientar a empresa, sem tomar decisões formais. Com a debandada, a Reag decidiu extinguir de vez o órgão. Na semana passada, a empresa foi um dos alvos da Operação Carbono Oculto, que investiga esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao PCC.
🍔 Minoritários querem travar OPA da Zamp
O fundo Mubadala quer fechar o capital da Zamp, dona do Burger King no Brasil. Para isso, lançou uma oferta para comprar todas as ações da empresa, em leilão marcado para o dia 8. Agora, porém, um grupo de minoritários tenta barrar a operação. Eles não querem que a RBI, a dona do Burger King no exterior, seja considerada uma acionista independente na operação – mas como uma parte relacionada ali.
O MELHOR DO INVESTNEWS
Fronteiras do Investimento: os ETFs e a renda fixa
Ontem, aconteceu o Fronteiras do Investimento, evento realizado pelo InvestNews em parceria com a Nu Asset. Aqui, alguns destaques dos painéis:
ETFs: o número de CPFs na bolsa cresceu 10 vezes em seis anos, e já passa de 100 milhões. Uma parte desse crescimento é cortesia dos ETFs – os fundos que espelham índices de mercado. Com eles, ficou mais simples acessar bolsas internacionais e criptomoedas, mesmo para quem não tem muita familiaridade com o home broker.
Renda fixa: o setor de infraestrutura no Brasil deve demandar cerca de R$ 130 bilhões em financiamento no curto prazo – o que deve abrir oportunidades no universo das debêntures.


O tênis de 5 dedos e o ciclo natural da moda
Lançado em 2006, o Vibram FiveFingers foi pensado para corredores. Ele tem uma sola de borracha fina e os dedinhos separados, como uma luva para os pés. A proposta é imitar a sensação de correr descalço – uma ideia que até chegou a conquistar alguns atletas durante a segunda metade dos anos 2000. Mas, no geral, o calçado sempre foi visto como excêntrico demais.
Sua fama começou a melhorar em 2020, quando a Balenciaga lançou uma versão do FiveFingers com salto alto. Um ano depois, dois designers japoneses também lançaram colaborações com a Vibram, a fabricante do sapato.
Desde então, a marca passou a aparecer nos armários e Instagrams de modelos, artistas e entusiastas da moda. Este ano, a Vibram está com dificuldades para acompanhar a demanda, já que os últimos reabastecimentos de estoque esgotaram em poucos dias.
É um ciclo natural da moda: um item cafona é condenado à morte por ferir os guarda-roupas. Até que, anos depois, é resgatado pela bolha fashionista. E, assim, renasce na cultura pop – desta vez reinterpretado como algo cool. As pochetes e calças de cintura baixa estão aí para contar a história.
Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.
UM NÚMERO
US$ 18 bilhões
Foi quanto as instituições brasileiras levantaram no mercado de dívida dos EUA em 2025 até aqui – um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse valor soma as emissões de empresas e do próprio Tesouro Nacional.
Só nos primeiros dias de setembro, o Tesouro, a Petrobras e a Suzano já captaram US$ 3,75 bilhões por lá. Em breve, Rede D’Or, BTG e Embraer também devem fazer emissões – cada uma de olho em pelo menos US$ 500 milhões, segundo o Broadcast.
Para 2025 inteiro, a expectativa é de algo perto de US$ 30 bilhões em captações – 30% acima da média dos últimos anos, de US$ 23 bilhões.
UMA FRASE
“Quando existe um ataque à autonomia do BC, isso enfraquece o canal da política monetária – o que faz com que tenhamos de realizar um movimento maior nos juros para garantir o mesmo objetivo.”
UM GRÁFICO

Em 2024, empresas chinesas investiram US$ 4,2 bilhões em projetos no Brasil. Foi um salto de 113% em relação ao ano anterior, e o maior valor desde 2021.
Desse total, o setor de eletricidade ficou com US$ 1,4 bilhão. Nesse ramo, a gigante chinesa por aqui é a State Grid: ela é dona de 10% da rede de transmissão do país e controla a CPFL Energia, maior distribuidora do mercado.
Depois veio o setor de petróleo, com US$ 1 bilhão – tudo na conta da CNOOC, estatal que opera na Bacia de Santos.
Em seguida, apareceu o setor automobilístico, com US$ 575 milhões. Aí, entraram na conta as obras das fábricas da BYD e da GWM no Brasil.
OFF WORK
🌡️ Fujam para as montanhas
Neste ano, ondas de calor na Europa chegaram a fechar pontos turísticos clássicos, como a Acrópole e a Torre Eiffel, em pleno verão. O cenário vem se repetindo em países como Grécia, França e Itália. Por isso,os turistas começaram a buscar destinos mais frescos, como a Islândia e a Noruega. No Velho Continente, a expectativa é de que as regiões costeiras do norte ganhem 5% mais visitantes nos próximos verões, enquanto o sul, mais quente, perca quase 10%.
É isso. Boa sexta-feira e bom final de semana!
Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito
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