Dívida pública: um problema global

🏛️ R$ 12 bilhões para os Correios | 👟 A disputa da Nike pela Total 90

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Dívida pública: um problema global

No mundo, a dívida dos governos chegou a US$ 105,8 trilhões no 3º trimestre. Dá 95% do PIB mundial. Pelas projeções do FMI, esse percentual pode chegar a 117% até 2027. Para o Brasil e seus semelhantes, falar em problema fiscal não é novidade. Só que esse desequilíbrio deixou de ser exclusivo dos emergentes.

  • Estados Unidos, França, Reino Unido… Foram as economias maduras as principais responsáveis pela aceleração da dívida. Grandes potências vêm aumentando os gastos militares, forçando governos a esticar os orçamentos – que já estavam no limite desde a pandemia.

  • Em 2026, o sistema financeiro global passará por um teste: um naco dessa dívida vai vencer. Segundo o Instituto de Finanças Internacionais, os países ricos terão de refinanciar mais de US$ 16 trilhões no próximo ano. Os emergentes, US$ 8 trilhões.

Para esses países, atrair capital privado tornou-se urgente – sobretudo para aqueles com acesso limitado aos mercados internacionais. 

Hoje vamos falar sobre:

🏛️ R$ 12 bilhões aos Correios

👟 A disputa da Nike pela Total 90

💵 O dólar em 2025

🏷️ As vendas de Natal em tempos de consumo fraco

HIGHLIGHTS

🛒 Renúncia no conselho do GPA

Pouco mais de dois meses depois de assumir o cargo, Edison Ticle renunciou à vice-presidência do conselho do GPA. Segundo pessoas próximas, sua relação com o presidente do conselho, André Coelho Diniz, se deteriorou nas últimas semanas. A avaliação é que Ticle acabou isolado do restante do board.

🏛️ R$ 12 bilhões para os Correios

Os Correios fecharam um empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco bancos: Caixa, Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e Santander. O financiamento tem garantia do Tesouro Nacional, o que praticamente elimina o risco para os credores. Segundo o Valor, o contrato também prevê que a União faça um aporte de pelo menos R$ 6 bilhões até 2027. 

💼 BTG vira credor da Invepar

O BTG Pactual comprou R$ 200 milhões em dívidas da Invepar que estavam nas mãos do BDMG. A Invepar é uma concessionária de infraestrutura e opera, entre outros ativos, o Aeroporto de Guarulhos. Ela vem negociando condições melhores para pagar a dívida, que hoje gira em torno de R$ 1,5 bilhão.

UMA IMAGEM

A Kepler Weber é a maior fabricante brasileira de silos, com 35% do mercado. A GPT vem em segundo lugar, com 16%. Desde novembro, as duas negociam uma fusão

  • Só que os acionistas minoritários da Kepler questionam as condições da proposta, que prevê o seguinte

  • Os dois maiores acionistas da empresa, a Trígono Capital e a família Heller, receberiam algo em torno de R$ 15 por ação – bem acima dos R$ 11 oferecidos aos demais acionistas.

Na foto: silos da Kepler Weber (Divulgação).

Às vésperas da Copa, Nike disputa marca Total 90

A Nike quer reviver sua linha de chuteiras Total 90, um sucesso dos anos 2000. E aposta no clima de Copa do Mundo para impulsionar as vendas. Mas a empresa deixou escapar um detalhe: o registro da marca, que expirou em 2019 nos EUA.

  • Quem percebeu foi Hugh Bartlett, um engenheiro e técnico de futebol de base, sem ligação com a Nike. Ao ver o registro livre, ele registrou a marca Total 90 em seu nome. Depois, criou uma linha própria e avisou a Nike que agora os direitos eram dele – sugerindo até uma parceria.

  • A conversa não avançou. Bartlett acabou processando a Nike por violação de marca, alegando que a empresa voltou a usar o nome sem autorização.

Neste mês, a Nike venceu uma rodada inicial do caso. Ainda assim, a disputa virou um obstáculo inesperado na tentativa da empresa de capitalizar a Copa.

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.

UM NÚMERO

1.329%

O número de pessoas físicas investindo em FIDCs saltou de 2 mil no ano passado para 34 mil agora – uma alta de 1.329%.

  • Os FIDCs são fundos que compram o direito de receber pagamentos futuros. Um exemplo: uma faculdade particular cobra mensalidades ao longo do ano, mas prefere antecipar esse dinheiro.

  • Ela recorre a um FIDC, que paga o valor à vista. Em troca, o fundo fica com o direito de receber essas mensalidades lá na frente – e ganha com os juros embutidos na operação.

UM GRÁFICO

O dólar cai 10% em 2025. Há poucas semanas, a queda era maior: em meados de novembro, chegava a 15%. Desde então, o real perdeu força, com o mercado já entrando em clima eleitoral – e sob a volatilidade típica de fim de ano.

VALE PARAR PARA LER

🏷️ 25% OFF

O varejo precisou antecipar as liquidações neste ano. Em geral, os descontos começam em 26 de dezembro, para desovar o que sobrou do Natal. Em janeiro, vem o saldão da temporada. Só que, em 2025, as lojas já ofereciam descontos acima de 25% na metade de dezembro. Uma tentativa de evitar estoques encalhados em tempos de consumo fraco. 

⛏️ (Mais) lítio no Chile

A estatal chilena Codelco e a mineradora privada SQM vão criar uma empresa conjunta para extrair lítio no Chile. A ideia é explorar o Salar do Atacama, a principal região produtora do país. O Chile é o 2º maior fornecedor global de lítio. Em 2024, foram 49 mil toneladas – coisa de 20% da produção mundial.

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Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito

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