No final do século 20, a presença da Teka nas casas era tão trivial quanto Nescau no café da manhã e camiseta Hering na gaveta. Aí veio a concorrência da China e, há 13 anos, a empresa de cama, mesa e banho entrou em recuperação judicial. Hoje, com R$ 4 bilhões em dívidas e dando prejuízo, ela é um caso de tribunal.

• Nos últimos meses, a Teka faliu e reverteu a falência. Agora, três forças brigam ali: o administrador judicial, a família fundadora e o fundo Alumni, dono de 25% das ações.
  

• O fundo juntou outros minoritários e, em dezembro, orquestrou uma assembleia para tirar a família do controle. Se comprometeu a injetar dinheiro na Teka e lidar com as dívidas.
  

• Mas faltou combinar com o administrador judicial. Ele acha que a companhia não se sustenta, pediu a falência em fevereiro e foi atendido. O Tribunal, porém, suspendeu a decisão em março e mandou fazer uma auditoria para ver quem tem razão.
  

Agora, no final de maio, a Junta Comercial de Santa Catarina deu seu ok para a decisão da assembleia, de deixar a condução dos negócios com o fundo Alumni. E mesmo com toda a treta, a Teka vai levando. Tem duas fábricas e emprega dois mil funcionários. 

A maior termelétrica já construída no país recebeu autorização para ligar os motores. É a usina GNA II, movida a gás natural e que fica no Porto do Açu, aquele que foi idealizado por Eike Batista no começo do século, e que agora está nas mãos da Prumo Logística.

• A GNA II tem 1,7 gigawatt de potência. Combinada com a irmã dela, a GNA I, de 1,3 GW, vai ter como abastecer 14 milhões de casas, se for necessário. Essa é a demanda residencial de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.      

Na foto: a usina de GNA I, que fica no mesmo complexo da GNA II. 

Nos anos 1980, com a queda drástica nos preços dos grãos, o governo dos EUA encontrou uma saída para conter a oferta: pagou aos agricultores para trocarem as lavouras por florestas de pinheiros. Desde então, milhões de hectares no sul do país viraram plantações para extração de madeira.

• Até que era um bom negócio. Só que, durante a crise de 2008, o valor das toras despencou – e nunca mais foi o mesmo. A rentabilidade baixa abriu espaço para uma nova tendência por ali: as fazendas de energia solar.
  
  

• Os painéis começaram a ocupar áreas antes cobertas por árvores. E pagando bem melhor: em alguns casos, arrendar terras para energia solar rende dez vezes mais do que cultivar pinheiros.
  
  

• Mas nem tudo são raios de sol. Em vários Estados, projetos de energia solar têm esbarrado na resistência das autoridades. Na Geórgia, por exemplo, um projeto de US$ 300 milhões foi barrado por atrapalhar o tráfego de ursos – que já sofrem com a perda das florestas de pinheiros, seu principal refúgio. 

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.