A Marfrig, de Marcos Molina, vai incorporar de vez a dona da Sadia/Perdigão. A operação será via troca de ações e vai criar uma gigante multiproteína, com boi, frango e porco no cardápio. A nova empresa vai se chamar MBRF Global Foods.

• Molina tem 72% das ações da Marfrig; e a Marfrig, 50,5% da BRF. As assembleias de acionistas das duas empresas, para votar a fusão, estão marcadas para 18 de junho. Mas a aprovação é praticamente certa, já que Molina tem a maioria dos votos nas duas companhias, como controlador de uma e dono da controladora na outra.
  

• Cada papel da BRF vai virar 0,85 ação da nova empresa. A participação de Molina, aí, cai de 72% para 41%, já que o valor de mercado da BRF (R$ 35 bi) é bem maior que o da Marfrig (R$ 18 bi).
  
  

• A BRF vai pagar R$ 2,10 por ação em dividendos; a Marfrig, R$ 2,90. A ideia é fazer um afago aos minoritários, mostrando que a oferta é amigável.

40% da receita da nova empresa virá da América do Norte, via National Beef (controlada da Marfrig). Para o futuro, o objetivo é listar a MBRF Global nos Estados Unidos, seguindo uma trilha que está sendo aberta pela JBS.  

As vendas de carros elétricos da Volkswagen cresceram 59% no primeiro trimestre; contra uma queda de 13% nas da Tesla. Na Europa, o placar a favor dos alemães é mais elástico ainda: 112% versus -37%. Isso rola, em grande parte, por conta dos desgastes na imagem do bilionário, agora ligada umbilicalmente ao trumpismo. Na Imagem: ID3, o elétrico de entrada da Volks (R$ 230 mil na Alemanha), numa linha de montagem em Dresden (Bloomberg). 

Desde 2019, a agência antidrogas dos EUA estava de olho no chinês Sai Zhang. Ele foi preso em 2023, acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro para o cartel mexicano de Sinaloa. Parte da operação envolvia comprar dólares em espécie do cartel por um valor abaixo do mercado – e depois revender com lucro no mercado informal.

• Segundo os promotores do caso, a rede movimentou US$ 50 milhões em dinheiro sujo ao longo de quatro anos. Parte dessas transações foi até feita por meio de grandes bancos, tipo Citibank, Chase e Bank of America – que não tiveram relação com o esquema.

• Os criminosos costumam abrir contas nessas instituições com passaportes falsos ou em nome de laranjas. Dali, o dinheiro segue para canais que garantem anonimato financeiro – tipo criptomoedas ou contas de fachada no exterior.

• Na prática, é o velho jogo de gato e rato: quando uma transação levanta suspeita, o banco avisa as autoridades e encerra a conta. Mas geralmente já é tarde: os criminosos já fizeram as operações que desejavam e sumiram do mapa.

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.

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