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Brasil, Argentina e Guiana: o trio que move o petróleo fora da Opep
🪙 Aura Minerals vai aos EUA | 💼 Os 3 fatores que ainda separam Tanure e Braskem
Alexandre Versignassi
Ouça a versão em áudio:
Brasil, Argentina e Guiana: o trio que move o petróleo fora da Opep
O petróleo sulamericano está bombando. Até 2030, Brasil, Guiana e Argentina vão responder por 80% do aumento da produção global de petróleo fora da OPEP. Vejamos um pouco sobre cada um deles:
A primeira grande descoberta de petróleo na Guiana rolou em 2015, por um consórcio liderado pela americana Exxon. A maior jazida por lá é o Bloco Stabroek, que hoje produz 650 mil barris por dia – valor que deve dobrar até o fim de 2027, para 1,3 milhão (pouco menos de um terço da produção do Brasil).
A bonança do vizinho, aliás, foi o que animou o governo brasileiro a apostar numa área não muito distante dali: a Margem Equatorial – faixa que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. Estudos do Centro Brasileiro de Infraestrutura falam num potencial de 1,1 milhão de barris por dia, com pico em 2029. A Petrobras já reservou US$ 3 bilhões para explorar a região até o fim da década.
Na Argentina, a produção se concentra em Vaca Muerta, região na Patagônia rica em xisto. Desde 2014, a produção por lá aumentou dez vezes. Hoje chega a quase 450 mil barris por dia – e a ideia é atingir 1,5 milhão até 2030.
Hoje vamos falar sobre:
🪙 Aura Minerals vai aos EUA
📈 As ações preferidas dos gestores de fundos
💼 Os 3 fatores que ainda separam Tanure e Braskem
🎯 BRICS na mira de Trump
HIGHLIGHTS
🪙 Aura Minerals vai aos EUA
A Aura Minerals tem suas ações listadas no Canadá – e agora protocolou um pedido para estrear na Nasdaq, com uma oferta que pode levantar até US$ 210 milhões. Parte do dinheiro vai para bancar a aquisição da Mina Serra Grande, um negócio anunciado em junho e que envolve o pagamento de US$ 76 milhões para a mineradora AngloGold Ashanti.
🛍️ Troca de comando no Carrefour
Pouco mais de um mês depois de se despedir oficialmente da B3, o Carrefour está trocando de CEO no Brasil. Sai Stéphane Maquaire, que ocupava o cargo desde 2021. E entra Pablo Lorenzo, hoje diretor de operações da companhia.
🌾 Delta Energia em mais um ramo
A Delta nasceu em 2001 como comercializadora de energia elétrica. De lá pra cá, expandiu os negócios para etanol, biocombustíveis, geração solar... Agora, vai entrar também no mercado de distribuição de combustíveis, com uma nova empresa: a Thero Distribuidora, que deve começar a operar ainda este ano.
UMA IMAGEM

Em 2014, a Apple começou a desenvolver carros elétricos autônomos. O projeto consumiu US$ 10 bilhões ao longo de uma década – até ser encerrado no início deste ano, sem sair do papel.
Concorrente chinesa da Apple, a Xiaomi também quis entrar no setor automobilístico. Só que de forma menos ambiciosa: lançou elétricos com tecnologia já testada, semelhantes aos carros da Tesla, mas com preços mais acessíveis na China. Seu modelo mais recente, o YU7, custa US$ 30 mil por lá – abaixo dos US$ 37 mil do Tesla Model Y.
Recentemente, o CEO da Xiaomi, Lei Jun, admitiu que parte da estratégia da empresa é atrair os fãs da maçã, órfãos do Apple Car. Ele disse: “desde que a Apple desistiu de desenvolver seu carro, passamos a olhar com atenção especial para os usuários dela”.
Na foto: o YU7, primeiro SUV da Xiaomi, lançado no final de junho (Divulgação).
O MELHOR DO INVESTNEWS
Equatorial e PRIO: as ações preferidas dos gestores de fundos

O Investnews analisou 1.158 fundos de ações para ver quais são as ações mais recorrentes nas carteiras. A campeã é a Equatorial Energia, presente em 40% delas; em segundo lugar vem a Prio, que está em um terço dos portfólios.
No caso da Prio, a vantagem é o breakeven competitivo. Pelas contas de um gestor ouvido pela reportagem, o da Petrobras está em US$ 55 o barril; ou seja, ela começaria a operar no prejuízo com o Brent nesse nível. O da Prio é bem mais confortável: US$ 36 o barril.
E o ponto da Equatorial é ter se consolidado como especialista em comprar distribuidoras de energia em dificuldade e torná-las lucrativas de novo. Além disso, tem a participação dela na Sabesp. A Equatorial comprou 15% da empresa há um ano a R$ 67 por ação, ganhando o direito de apitar lá dentro. Hoje o papel está a R$ 115 – uma valorização de 70%.
Leia mais nesta reportagem de Juliana Machado.
UM NÚMERO
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São três fatores que ainda separam Nelson Tanure do controle da Braskem. Primeiro: o aval do Cade. Segundo: o apoio da Petrobras, segunda maior acionista da empresa. Terceiro: o sinal verde dos bancos credores, que detêm ações da petroquímica como garantia de R$ 15 bilhões em dívidas da Novonor (a ex-Odebrecht).
Ontem, Tanure notificou o Cade sobre a intenção de comprar a fatia da Novonor na Braskem. A proposta prevê que ele assuma o controle da NSP – o holding da família Odebrecht que detém 50,1% das ações da petroquímica.
UMA FRASE
“Qualquer país que se aliar às políticas antiamericanas do BRICS vai pagar uma tarifa adicional de 10%.”
UM GRÁFICO

A Helbor é uma incorporadora controlada pela família Borenstein, dona de uma das coleções mais valiosas de terrenos em São Paulo. Ao todo, são R$ 12 bilhões em áreas nobres da cidade, como Brooklin, Itaim e Jardins. Isso dá quase 40 vezes o valor de mercado da empresa na B3, hoje avaliada em R$ 308 milhões.
A lógica de lançamentos da empresa tem sido a seguinte: poucos e bons. Um de seus empreendimentos mais recentes é o complexo W, que reúne hotel de luxo e residências de alto padrão. Fica na Vila Olímpia, onde o metro quadrado gira em torno de R$ 19 mil – o 5º mais caro da cidade.
VALE PARAR PARA LER
⚽ Mostra tua força, Brasil
Pouca gente sonha tanto com o hexa quanto Gustavo Furtado, novo CEO do Grupo SBF. Dona da Centauro e da operação da Nike no Brasil, a empresa aposta pesado na Copa do Mundo para alavancar as vendas do ano que vem. A meta é vender 1 milhão de camisas da Seleção a R$ 450 cada. Daria R$ 450 milhões, quase 5% de sua receita atual.
É isso. Boa terça-feira!
Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito
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