Para saber se um morango do amor está caro, você olha o preço. Para saber se a bolsa de valores está cara você olha outra coisa: o preço sobre lucro. Ou seja, o P/L. Significa pegar as 80 empresas do Ibovespa, puxar o valor de mercado delas e dividir pelo lucro anual.

• Faça a conta, e o número que aparece hoje é 9,3. Significa o seguinte: o valor de mercado do Ibovespa todo equivale a 9 anos e pouco do lucro das empresas que existem ali dentro. É muito?

• Não. O P/L médio do Ibovespa nos últimos 15 anos foi de 11 vezes o lucro. Teoricamente, então, ainda existe lenha para queimar.  

• Só que o mais impressionante aí é outra coisa. O gringo que colocou dinheiro em Ibovespa com o dólar a R$ 6,18, e realizou o lucro agora, com o dólar mais barato, conseguiu um ganho de 33%. Em moeda forte.

Enquanto isso, a bolsa americana sobe só 10% no ano. Em outras palavras, acontece algo inusitado. A bolsa brasileira está sendo pródiga para quem busca ganhos em dólar. Mas não é a única. As do Chile e do México sobem mais de 30% em moeda americana. A da Colômbia, 46%.     

Leia mais nesta reportagem do InvestNews.

Gosta de O Essencial? Compartilhe e ganhe!

Se você indicar esta newsletter para 2 pessoas, ganha um ano de assinatura digital do The Wall Street Journal. Aproveite 😉 

Você indicou 0 pessoa(s). Com mais 2 indicação(ões) você recebe sua assinatura.

Ou copie e cole sua URL para indicar: https://investnews.beehiiv.com/subscribe?ref=PLACEHOLDER.

Na sexta, vai rolar o leilão do túnel que ligará Santos ao Guarujá. Duas concorrentes estão no páreo: a espanhola Acciona e a portuguesa Mota Engil.

• Vai ser uma parceria público-privada, com concessão por 30 anos e um investimento previsto de R$ 6 bilhões nas obras. 

• O túnel terá 1,5 km de extensão, com 870 metros submersos sob o canal do Porto de Santos. A promessa é que, com a passagem, o tempo de travessia caia de uma hora para cinco minutos.

• Este será o primeiro túnel embaixo d’água no Brasil. A ideia já é quase centenária: em 1927, já se falava em escavar uma passagem para bondes elétricos ali. 

Na foto: o projeto do túnel (Divulgação). 

Cortar cargos de gerência é uma tendência relativamente universal no mundo corporativo. A ideia é enxugar a hierarquia para tomar decisões mais rápidas, com as equipes respondendo direto ao alto escalão. Numa reestruturação recente, o Google cortou 35% dos chefes de pequenas equipes. A Intel já eliminou metade dos cargos de chefia. E a Match Group, dona do Tinder, reduziu 20%.

• Poucos gerentes sobraram para contar a história. E os que ficaram estão sem tempo para contar. Uma pesquisa nos EUA mostrou o seguinte: em 2017, cada gerente era responsável por cinco funcionários, em média. Em 2023, já eram 15. 

• Na prática, isso mudou a forma como os gestores se relacionam com as equipes. Se antes o papel era acompanhar de perto, revisar tarefas e orientar passo a passo, agora a lógica é outra: delegar responsabilidades e deixar que os funcionários encontrem o caminho sozinhos.

• Há prós e contras nisso. De um lado, as equipes recebem menos orientação de profissionais experientes. De outro, ganham autonomia, e sofrem menos com entraves burocráticos.

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.

Patrocinado por