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A hora e a vez dos supermercados regionais

🍺 Ambev avança no segmento premium | 🪙 Selic sem a ajuda do câmbio

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Amigão, Mateus, BH... supermercados regionais já respondem por 70% do faturamento entre os maiores do setor

Farmácia, pet shop, lavanderia… em todo tipo de negócio, as grandes redes têm engolido o comércio local, certo? Mais ou menos. No mundo dos supermercados brasileiros, acontece justamente o oposto: 69% do faturamento vem de grupos regionais. Há 10 anos, eram apenas 19%.

  • O Grupo Mateus, do Nordeste, é hoje a 3ª rede que mais fatura no Brasil. Ele só fica atrás do Carrefour e do Assaí – e está à frente do GPA.

  • A Supermercados BH é a 4ª rede nesse ranking, com um faturamento de mais de R$ 21 bilhões por ano. Pedrinho BH, o dono, é um velho conhecido dos mineiros – e virou notícia nacional em 2024, ao comprar o Cruzeiro.

Outro caso emblemático nesse universo é o da Plurix, uma rede ligada ao Patria Investimentos. Em apenas quatro anos de operação, ela já é a 11ª maior rede de supermercados do país e fatura quase R$ 10 bilhões por ano. 

Hoje vamos falar sobre:

🍺 Ambev avança no segmento premium

🤖 Funcionários corporativos estão perdendo espaço para a IA

💬 “A maior oportunidade do mercado farmacêutico”

🪙 Selic sem a ajuda do câmbio

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HIGHLIGHTS

🍺 Ambev avança no segmento premium

No 3º trimestre, o segmento premium da Ambev cresceu 15% na comparação anual. Esse é o clube de cervejas mais caras, representado na companhia por Original, Stella Artois, Corona, Becks e Spaten. Com o resultado, a Ambev estima ter conquistado quase 50% de market share do segmento – e ultrapassado a Heineken pela primeira vez em 10 anos.  

🚇 O lucro da Motiva

O lucro líquido da Motiva (ex-CCR) subiu 192% no 3º trimestre, para R$ 1,23 bilhão. Mas boa parte disso veio de um fator pontual: um contrato com o governo de SP para estender a concessão da ViaQuatro. Sem esse impulso, o lucro ajustado fica bem mais modesto: R$ 683 milhões, alta de 22% em um ano.

⛏️ CBMM prevê investir R$ 11 bilhões

A CBMM, controlada pela família Moreira Salles, vai investir R$ 11 bilhões até 2030 para aumentar a produção de nióbio no Brasil. Em 2025, ela deve entregar 100 mil toneladas do metal – alta de 5% em relação ao ano anterior.

Funcionários corporativos estão perdendo espaço para a IA

O sonho era trabalhar de camisa social, sob o ar-condicionado, com um crachá de manager – símbolos de ascensão e estabilidade profissional. Mas esse ideal está cada vez mais frágil. 

  • Nesta semana, a Amazon anunciou a demissão de 14 mil empregados corporativos, e o total pode chegar a 30 mil. Target e GM também começaram a reduzir o pessoal de escritório recentemente.

  • Em parte, tem a ver com adoção da IA, que já consegue assumir (ou pelo menos agilizar) uma parte das tarefas administrativas.

Não à toa, há um contraste no mercado de trabalho dos EUA: vagas em finanças estão minguando, enquanto sobram oportunidades em saúde, hotelaria e construção civil. O ChatGPT não sabe bater laje, afinal.

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português. 

UM NÚMERO

US$ 5,3 bilhões

Foi o prejuízo da Boeing no 3° trimestre. Mas a receita cresceu: +28% na comparação anual, a US$ 23 bilhões. Culpa do 777X, novo avião topo de linha da fabricante americana. 

  • A ideia era que a Boeing pudesse vender as primeiras unidades em 2026. Mas a falta das certificações necessárias empurraram a previsão para 2027. 

Com o atraso, a Boeing reconheceu que o novo avião vai trazer menos dinheiro do que se esperava, e cortou US$ 4,9 bilhões do balanço – uma “baixa contábil”, no jargão.

UMA FRASE

“É a maior oportunidade do mercado farmacêutico brasileiro em uma década.”

Breno Oliveira, o CEO da Hypera. Ele se refere à queda da patente da semaglutida, prevista para março de 2026. Trata-se do princípio ativo do Ozempic e do Wegovy. A Hypera pretende entrar no mercado de genéricos das canetinhas emagrecedoras. Outros laboratórios, como Cimed, Biomm e Eurofarma, também anunciaram planos do tipo. 

UM GRÁFICO

A Nvidia se tornou a primeira empresa a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado. E isso só quatro meses depois de ultrapassar os US$ 4 trilhões.

  • Isso equivale a 67 vezes o valor de mercado da Petrobras. Ou duas vezes o tamanho da Amazon, a 5ª empresa mais valiosa do mundo. 

VALE PARAR PARA LER

🪙 Selic sem a ajuda do câmbio

O dólar já caiu 15% este ano, em grande parte pela expectativa de cortes nos juros dos EUA. E isso tem ajudado o Banco Central a controlar a inflação – já que o real mais forte torna produtos importados mais baratos, segurando preços. Mas isso deve mudar. O BC americano sinalizou uma provável pausa nos cortes. Menos pressão de baixa para o dólar, portanto.

É isso. Boa quinta-feira!

Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito

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