• O Essencial
  • Posts
  • O misterioso bilionário por trás do OnlyFans

O misterioso bilionário por trás do OnlyFans

🛒 Como a Temu ficou gigante no Brasil em apenas um ano | 📉 O pior semestre do dólar em 52 anos

Alexandre Versignassi

Ouça a versão em áudio:

O misterioso bilionário por trás do OnlyFans

Se a vida fosse filme, o dono do OnlyFans seria tudo, menos o que ele é na vida real: um sujeito discreto, que não dá entrevistas, mal aparece em fotos e se dedica à filantropia. Trata-se de Leo Radvinsky, um empreendedor americano de 43 anos formado em economia.

  • Com o OnlyFans, ele criou um modelo de entretenimento adulto que vende ilusão de proximidade. E não faltou quem quisesse pagar por isso: são 300 milhões de usuários. Só em dividendos do negócio, ele acumulou US$ 1,3 bilhão nos últimos cinco anos.

  • E agora o site está à venda, de acordo com o Wall Street Journal. Leo estaria pedindo US$ 8 bilhões no mercado.

Ele diz (num site pessoal) que seu sonho é assinar o Giving Pledge. Trata-se da campanha, criada por Bill Gates e Warren Buffett, para que bilionários doem suas fortunas em vida. Se for isso mesmo, quem comprar o OnlyFans vai transferir bons bilhões para a caridade.  

 

Hoje vamos falar sobre:

💸 O que estava por trás da alta de 800% da Ambipar

🛒 Como a Temu ficou gigante no Brasil em apenas um ano

🧥 As ações da Azzas 2154

📉 O pior semestre do dólar em 52 anos 

HIGHLIGHTS

💸 O que estava por trás da alta de 800% da Ambipar

A CVM investiga um esquema de Tércio Borlenghi, controlador da Ambipar, com Nelson Tanure e o Banco Master para comprar em massa ações da empresa – o que fez os papéis dispararem 863% entre junho e agosto de 2023. Nisso, Borlenghi aumentou sua fatia na companhia sem lançar uma Oferta Pública de Aquisição, como exige a regra. Agora, a CVM avalia se ele deverá realizar a operação.

🕒 Contagem regressiva

Em 2014, o Cade determinou que a CSN reduzisse para menos de 5% sua participação na concorrente Usiminas. Mas a ordem nunca foi cumprida: atualmente, a fatia da CSN chega a quase 13%. Ontem, o Cade voltou ao tema e deu 60 dias para que a empresa apresente um cronograma de venda das ações.

🚁 Embraer na Costa Rica

A Eve, subsidiária da Embraer, firmou um acordo com a Aerosolutions e a Bluenest para a venda de até 50 eVTOLs – helicópteros elétricos, basicamente. A ideia é usá-los para ligar aeroportos a hotéis e destinos turísticos na Costa Rica. Como é praxe nesse tipo de negócio, trata-se apenas de uma carta de intenção de compra, não de um negócio firmado. Ao todo, a EVE soma 2,8 mil pré-contratos como esse. 

 

UMA IMAGEM

Os portos europeus estão congestionados. Em Antuérpia, na Bélgica, os navios têm demorado em média 66 horas para carregar contêineres. Em Roterdã, na Holanda, a espera chega a 77 horas. 

  • Parte disso tem a ver com as tarifas dos EUA sobre a China: com as sobretaxas americanas, os chineses passaram a ver a Europa como destino alternativo para suas mercadorias. 

  • Nessa, o fluxo de mercadorias ali aumentou em 7%. 

Na foto: a chegada ao porto de Waalhaven, em Roterdã (Getty). 

O MELHOR DO INVESTNEWS

Como a Temu ficou gigante no Brasil em apenas um ano

A Temu chegou por aqui em junho de 2024. Em apenas 12 meses, se tornou o segundo maior marketplace do país em número de usuários – superando Amazon e Shopee, e ameaçando a hegemonia do Mercado Livre. E em maio, pela primeira vez, foi o site de e-commerce mais visitado do país, com 250 milhões de acessos.

  • A fórmula: preços absurdamente baixos, frete grátis e navegação gamificada – com joguinhos que induzem o consumidor a ficar mais tempo ali, enchendo o carrinho. É compra, mas tem carinha de bet.

  • O motor da Temu é um modelo de negócio chamado consumer-to-manufacturer (C2M). Funciona assim: o app cruza buscas, curtidas e carrinhos para prever tendências de demanda em tempo real. Com esses dados, encomenda lotes mínimos a fábricas chinesas, que aceitam margens menores do que as dos marketplaces tradicionais. 

  • Em troca, os fabricantes ganham acesso direto a consumidores estrangeiros – algo que, até poucos anos atrás, exigiria uma cadeia de distribuição complexa.

UM NÚMERO

4,7%

Foi quanto as ações da Azzas 2154 subiram no pregão de ontem, depois que a empresa anunciou mudanças na estrutura do conselho de administração.

A Azzas nasceu da união entre Arezzo e Grupo Soma, no ano passado. Mas, menos de um ano depois, a coisa começou a desandar: Alexandre Birman e Roberto Jatahy, os sócios fundadores, se desentenderam sobre o comando da companhia – e já cogitavam um divórcio.

Agora, o conselho encolheu de 9 para 7 membros, com mais peso para conselheiros independentes. Pedro Parente deixou a presidência, que passou para Nicola Calicchio Neto, ex-McKinsey. Também foi criado um “comitê de estratégia e integração” – para evitar novas disputas entre as duas alas da empresa. O mercado, pelo jeito, aprovou.

UM GRÁFICO

No Brasil, o dólar derreteu 12% no primeiro semestre. E não foi só aqui. 

  • Contra as outras seis moedas mais fortes do mundo, que compõem o índice DXY, a queda também foi de 12%. Este foi o pior primeiro semestre para o dólar no mundo desde 1973 – o último suspiro do tratado de Bretton Woods, que oficializava o dólar como centro da economia global.

VALE PARAR PARA LER

👨‍🏫 Grupos de educação vão à bolsa

Em tempos de juro alto, grupos educacionais têm visto no mercado de capitais uma alternativa para financiar a expansão. O Grupo Salta Educação recebeu este mês o registro de companhia aberta categoria A na CVM – o que o habilita a emitir ações na bolsa. O Intergraus, cursinho tradicional controlado pela Bioma Educação, protocolou na semana passada um pedido equivalente.

💼 O plano sucessório da mulher mais rica do México

María Asunción Aramburuzabala herdou uma das maiores fortunas da América Latina após a morte repentina do pai, em 1995. Sem um plano sucessório na época, ela teve de conquistar na marra a liderança dos negócios da família, que é dona da cervejaria Corona. Agora, aos 62 anos, tenta poupar a próxima geração do mesmo caos: contratou executivos de peso para tocar seu family office e prepara os filhos para, aos poucos, assumirem os negócios.

É isso. Boa terça-feira!

Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito

Recebeu a newsletter de alguém?