Em 2022, a Heineken foi ao Cade reclamar dos acordos de exclusividade que a Ambev mantinha com bares e grandes eventos. O órgão, então, impôs regras mais duras para limitar esse tipo de contrato.

• Mas, para a Heineken, a decisão não vem sendo cumprida. Segundo apurou o InvestNews, o grupo tem agendado novas audiências no Cade para apresentar evidências de que a Ambev ainda monopoliza esses espaços, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro.

• Hoje, a Heineken detém 25% do mercado de cerveja no Brasil. A Ambev, 60%. Ambas disputam um setor que cresce muito pouco: o volume total de vendas deve avançar só 1% ao ano até 2029, segundo a consultoria Euromonitor.

Cada copo, bar ou festa a mais, portanto, já vale ouro.

Leia mais nesta reportagem de Raquel Brandão.

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A Moratória da Soja é um acordo firmado há 19 anos por grandes tradings tipo ADM, Bunge e Cargill. Ele proíbe a compra de grãos cultivados em áreas da Amazônia que foram desmatadas depois de 2008. É uma forma de desincentivar a devastação da floresta.

• Mas alguns produtores de soja reclamam que o pacto dá muito poder de barganha às tradings. Em agosto, a superintendência-geral do Cade analisou o caso e decidiu suspender a Moratória. 

• Mas, agora, o plenário do órgão decidiu suspender a suspensão até o fim de 2025. Ou seja: a Moratória segue valendo por enquanto.

Na foto: uma Colheita de soja em Tangará da Serra, MT – fora da área em que incide a Moratória (Reuters).  

A crise da Ambipar e da Braskem pode atingir o bolso de quem investe nos Certificado de Operações Estruturadas, os COEs. O InvestNews identificou ao menos 41 COEs ligados a títulos de dívida da Ambipar, e outros 78 da Braskem.

Se as empresas forem para a recuperação judicial ou tiverem de reestruturar as dívidas, os COEs podem ser encerrados antes do prazo – e o investidor leva de volta apenas o que o mercado estiver pagando no momento.

Aí que mora o problema: o preço dos títulos derreteu. Os bonds da Ambipar valem hoje entre 16% e 20% do valor de face. E os da Braskem são negociados por até 40% do valor original.

Leia mais nesta reportagem de Juliana Machado.

Não faz muito tempo, Mary Barra sonhava com um mundo movido a bateria. Em um discurso de 2022, a CEO da General Motors confirmou uma meta ambiental ambiciosa: encerrar a venda de carros a combustão até 2035.

• Mas os tempos mudaram. E o governo americano também. Donald Trump extinguiu os créditos tributários para carros elétricos e, já no primeiro dia de mandato, assinou um decreto priorizando a produção de petróleo e gás.

• A GM, então, mudou também. Em carta aos acionistas em julho, Mary Barra garantiu que a montadora está bem posicionada no mercado de motores a combustão – “que agora tem um caminho mais longo pela frente”, disse.

A própria companhia vem trabalhando para alongar esse caminho. Neste ano, ela foi a segunda empresa que mais gastou com lobby junto ao governo americano, atrás só da Meta. Foram US$ 11,5 milhões.

Leia mais neste artigo de opinião do Wall Street Journal, em português.