Alexandre Versignassi

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O rali das ações de educação

HIGHLIGHTS

🌾 A dívida da Raízen

A dívida da Raízen subiu para R$ 49 bilhões neste trimestre – alta anual de 56%. Trata-se, em parte, de um efeito sazonal: este é o início da safra 2025/2026. Nessa época, a empresa se endivida mais para comprar os insumos da plantação. O número começa a melhorar entre outubro e março – fase final do ciclo, quando ela vende a maior parte da safra. O problema: no último fim de ciclo da Raízen, o endividamento permaneceu alto, em R$ 34 bilhões. Agora, piorou o que já estava ruim.

🥩 JBS: alta de 60% no lucro

A JBS lucrou US$ 528 milhões no 2º trimestre – alta anual de 60%. Isso num cenário conturbado: nos EUA, a baixa oferta de bois encareceu o gado e apertou as margens do negócio de carne bovina. No Brasil, a gripe aviária travou as exportações de frango para mercados importantes, como China e União Europeia. E, com o tarifaço, algumas fábricas por aqui precisaram pausar a produção por um tempo.

⛽ Pergunta lá no Posto Ipiranga

Mais um balanço. A Ultrapar, dona dos postos Ipiranga, lucrou R$ 1,08 bilhão no 2º trimestre – alta anual de 148%. Parte disso graças a uma alta de 55% no Ebitda, o lucro operacional da companhia, que atingiu R$ 2,07 bilhões. Outra parte veio de um empurrão fiscal: ela recebeu um crédito extraordinário de R$ 677 milhões, que acabou entrando no balanço como receita extra.

UMA IMAGEM

UM NÚMERO

-10,7%

Foi a queda das ações da CVC no pregão de ontem. Na noite de terça, a empresa havia informado um prejuízo de R$ 46,4 milhões no 2º trimestre – pior do que o esperado, e mais que o dobro da perda de 2024. 

• A receita até cresceu 16%, para R$ 342 milhões. Mas essa melhora foi ofuscada pelo endividamento ainda alto: R$ 984 milhões.

• Como boa parte dessa dívida está atrelada ao CDI, a despesa da CVC com juros disparou – e engoliu todo o ganho operacional.

UM GRÁFICO

A Agência Internacional de Energia prevê uma sobreoferta recorde de petróleo em 2026. É que a demanda deve crescer pouco, de 680 mil barris por dia em 2025 para 700 mil no ano que vem. Já a oferta deve disparar: grandes produtores de fora da OPEP+ (tipo Brasil, EUA e Guiana) devem acrescentar mais 1 milhão de barris por dia à produção.

• Para a AIE, inclusive, a demanda global por petróleo só vai crescer até 2027. Até pouco tempo, as previsões apontavam para 2029. 

• Ou seja: para as petroleiras, o futuro não é mais como era antigamente. E o presente também não ajuda. O preço do barril vive o menor patamar dos últimos 4 anos. 

Na semana passada, inclusive, a Petrobras disse que não deve distribuir dividendos extraordinários neste ano, justamente por conta da baixa no preço do petróleo.

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É isso. Boa quinta-feira!

Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito

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