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Sigma Lithium, o retrato da ascensão e queda do lítio

📈 Braskem: +18% | 🛢️ O futuro da Petrobras

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Sigma Lithium, o retrato da ascensão e queda do lítio

Até 2022, o lítio era tratado como um “ouro branco”: o coração das baterias modernas e peça-chave da transição energética. Embalado pela euforia, o Brasil apresentava ao mundo seu Vale do Lítio, em Minas Gerais, como um novo polo global.

  • Mas, ao contrário do ouro, o lítio é um metal abundante. A produção mundial cresceu rápido. E, no ano passado, já até superava a demanda. Resultado: desde o pico, os preços despencaram 86%.

  • No Brasil, a Sigma Lithium virou o retrato dessa ascensão e queda do entusiasmo com o lítio. A companhia já foi cortejada por grupos como Tesla, BYD e Stellantis para uma possível aquisição. Hoje, ela enfrenta dificuldades para financiar novos projetos.

O mercado também tem demonstrado preocupação com a liquidez da companhia, especialmente após a Sigma encerrar repentinamente o contrato de um fornecedor no mês passado. 

Hoje vamos falar sobre:

(🧳 Lucro da CVC sobe 36%

⚙️ Aço chinês na América Latina

📈 Braskem: +18%

🛢️ O futuro da Petrobras

HIGHLIGHTS

💰 Vorcaro vende fatia na Itaminas

Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, está finalizando a venda de sua fatia de 50% na mineradora Itaminas. A venda deve levantar cerca de R$ 700 milhões. Os compradores são os outros sócios da empresa: as famílias Gontijo e Géo.

🧳 Lucro da CVC sobe 36%

A CVC lucrou R$ 62,5 milhões no 3º trimestre, alta anual de 36%. O resultado operacional foi o melhor desde 2019: R$ 130,5 milhões. A agência de viagens vem numa missão de modernizar os negócios. Para isso, passou a vender mais por WhatsApp e direcionar seu marketing para o público jovem.

💄 Natura sofre com desaceleração do consumo

Já a Natura teve um prejuízo ajustado de R$ 119 milhões no 3º trimestre – uma piora relevante frente ao mesmo período de 2024, quando tinha lucrado R$ 301 milhões. Um dos motivos: segundo a empresa, o consumo de beleza esfriou no Brasil – o que fez a receita da Avon encolher 17% no período.

O MELHOR DO INVESTNEWS

Aço chinês: o gatilho da nova onda de desindustrialização latino-americana?

O aço chinês virou um símbolo da desindustrialização da América Latina, na avaliação de executivos do setor. Nos últimos 15 anos, as exportações de aço da China para a região aumentaram 233%, enquanto a produção regional caiu 13%.

  • Para sustentar seu mastodôntico mercado imobiliário, a China desenvolveu uma indústria siderúrgica tão poderosa quanto. Só que o setor imobiliário esfriou nos últimos anos – e as usinas ficaram com aço sobrando. 

  • EUA e União Europeia impuseram tarifas de até 50% sobre o aço chinês para blindar suas indústrias. Já a América Latina, com barreiras mais brandas, virou o destino natural.

Como Milei quer transformar a Argentina em uma potência da mineração

O Chile é o maior produtor de cobre do mundo. São 5 milhões de toneladas ao ano, o equivalente a 23% da oferta global. Do outro lado da Cordilheira dos Andes, a Argentina acredita guardar reservas tão vastas quanto as do país vizinho. Mas, por enquanto, elas permanecem intocadas.

  • Recentemente, o governo Milei criou o RIGI, um regime que corta impostos e afrouxa o câmbio para atrair grandes investimentos em mineração, energia e infraestrutura.

  • Com esse impulso, mineradoras internacionais começam a olhar com mais carinho para o país: existem oito projetos na mesa, incluindo planos de gigantes como Glencore e BHP.

Até 2035, a meta da Argentina é produzir mais de 1 milhão de toneladas de cobre por ano. Isso colocaria o país entre os cinco maiores produtores globais.

Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português. 

UM NÚMERO

18%

Foi quanto as ações da Braskem subiram ontem, depois da notícia de que a gestora IG4 estaria avançando nas negociações para comprar uma fatia da petroquímica.

  • A novidade acabou ofuscando mais um balanço fraco da companhia: no 3º trimestre, a Braskem teve prejuízo de R$ 26 milhões.

  • A dívida chegou a US$ 7,1 bilhões, 22% acima de um ano atrás. 

UM GRÁFICO

A remuneração do Tesouro IPCA+ é composta por dois elementos: o IPCA do período mais uma taxa de juros fixa. Essa taxa sobe ou desce conforme as expectativas do mercado sobre os juros no futuro.

  • Quando cresce a aposta de que o BC vai cortar a Selic, os investidores correm para comprar IPCA+ antes que as taxas caiam de fato. Com mais gente comprando, o preço do título sobe. 

  • Só que, lá no vencimento, o Tesouro paga o mesmo para todo mundo. Quem comprou mais caro recebe o mesmo que quem comprou barato. Em porcentagem, significa que quem pagou caro tem um retorno menor.

Ontem, o IBGE mostrou que o IPCA subiu só 0,09% em outubro. Daí aumentaram as apostas de corte de juros em breve. Resultado: o Tesouro IPCA+ 2040 passou a pagar a inflação mais 7,11%ainda historicamente alto, mas abaixo dos 7,31% de uma semana atrás.

VALE PARAR PARA LER

🛢️ O futuro da Petrobras

No fim de novembro, a Petrobras apresentará seu novo plano estratégico, que define os investimentos entre 2026 e 2030. Há uma disputa interna sobre quanto e como investir. De um lado, o governo pressiona por projetos que gerem empregos e movimentem a economia. Do outro, a diretoria defende disciplina financeira, evitando gastar demais num momento de desvalorização do petróleo.

É isso. Boa quarta-feira!

Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito

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