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Exclusivo: a nova estratégia da Previ
⚖️ Assaí processa GPA | ⛏️ Terras raras na mesa de negociação Brasil-EUA
Ouça a versão em áudio:
Exclusivo: Previ encerra ciclo de ‘superacionista’ e aposta em diversificação
A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, fez história como acionista de peso em grandes empresas. Chegou a ser apelidada de “banco dentro do Banco do Brasil”, pelo poder que tinha em assembleias e conselhos. Mas, agora, a estratégia é outra: reduzir a concentração em ações e diversificar o portfólio.
Acontece que, hoje, mais da metade dos 200 mil cotistas da Previ já está aposentada. Isso exige uma gestão mais conservadora, capaz de garantir a remuneração dos clientes mês a mês.
Essa guinada já aparece na carteira. Sé neste ano, o fundo levantou R$ 19 bilhões ao se desfazer de participações em companhias como Eletrobras, BRF, Bradesco, Gerdau... Agora em setembro, por exemplo, vendeu também toda a fatia que tinha na Neoenergia, por R$ 12 bilhões.
E, enquanto isso, está aumentando seus ativos de renda fixa: só em 2025, aplicou R$ 7 bilhões em NTN-Bs, títulos públicos atrelados ao IPCA.
Hoje vamos falar sobre:
⚖️ Assaí processa GPA
📱 O data center do TikTok no Ceará
⛏️ Terras raras na mesa de negociação Brasil-EUA
🌍 Uma nova rota para o comércio global
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HIGHLIGHTS
⚖️ Assaí processa GPA
Assaí e GPA eram do mesmo grupo até 2020. Na separação, ficou definido que cada uma responderia sozinha pelas próprias dívidas. Mas, neste ano, a Receita abriu um processo cobrando R$ 36 milhões do GPA – e incluiu o Assaí como corresponsável. Agora, o Assaí foi à Justiça contra o GPA para não herdar a conta.
💼 Ometto vai ao Bradesco
Rubens Ometto precisa de dinheiro para participar do aumento de capital na Cosan. Para isso, ele está negociando um empréstimo de R$ 750 milhões com o Bradesco, usando como garantia suas ações da própria empresa.
🚢 Petrobras na Foz do Amazonas
O Ibama aprovou o resultado da simulação da Petrobras na Foz do Amazonas. Na ocasião, a empresa encenou um vazamento de óleo para provar que conseguiria reagir rápido num caso real. Essa etapa é a última antes da licença ambiental para perfurar o poço.
UMA IMAGEM

O TikTok confirmou que planeja construir um data center no Complexo Portuário do Pecém, no Ceará. O investimento pode chegar a R$ 50 bilhões e será feito em parceria com a Casa dos Ventos, de energia eólica.
A Alibaba, outra gigante chinesa, também anunciou ontem a intenção de instalar um data center no Brasil, dentro de um projeto global de expansão em infraestrutura de IA.
Na foto: o Complexo de Pecém (Divulgação).


Tarifas de Trump traçam uma nova rota para o comércio global
Sultan Ahmed bin Sulayem conhece o comércio global como poucos. Ele é CEO e chairman da DP World, a quinta maior operadora portuária do planeta, com mais de 60 terminais em cinco continentes.
Em entrevista ao Wall Street Journal, Sulayem disse que o tarifaço americano não está freando o comércio – apenas mudando suas rotas. “Tudo que encontra barreira para entrar nos EUA está indo para outras partes do mundo. Vimos um grande aumento no comércio com a África”, afirmou.
Quem puxa essa tendência é a Índia, hoje tarifada em 50% pelo governo americano. Recentemente, o primeiro-ministro indiano fez um giro diplomático pelo continente africano para estreitar relações – e, segundo Sulayem, já colheu resultados.
Não é uma substituição tão simples, porém. O principal parceiro da Índia ali é a África do Sul, com US$ 19 bilhões em comércio em 2024 – sete vezes menos do que as trocas com os EUA, que chegaram a US$ 143 bilhões.
Leia mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.
UM NÚMERO
US$ 20 bilhões
Esse é o tamanho da linha de crédito que os EUA discutem liberar para a Argentina.
A ideia é fazer uma operação de swap entre os bancos centrais.
Funciona assim: o BC argentino entrega pesos ao Fed e recebe dólares em troca. Depois, no prazo combinado, devolve os dólares com juros e recupera os pesos.
UMA FRASE
“Eu disse a Trump que não tem limite para a nossa conversa, tem que ser acordo de ganha-ganha.”
VALE PARAR PARA LER
🏃♀️ A corrida por debêntures incentivadas
Em agosto, as empresas aceleraram a emissão de debêntures incentivadas – títulos que financiam infraestrutura e dão isenção de IR ao investidor. O volume chegou a R$ 8,5 bilhões, recorde para o mês. Foi uma corrida para garantir esses títulos antes que eles começassem a ser taxados, como propunha um projeto na Câmara. No fim, não precisava: ao que tudo indica, a isenção deve permanecer.
É isso. Boa quinta-feira!
Curadoria e textos: Camila Barros
Edição: Alexandre Versignassi
Design: João Brito
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