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Sem solução para embate com Petrobras, Acelen mantém investimento bilionário em Mataripe e futuro em aberto
Com 40% de petróleo importado e pressões da estatal, dona da refinaria investe US$ 3 bi para se reinventar nos biocombustíveis

Bom dia, você vai ler hoje:
🛢️ Petrobras e Acelen em disputa
🇩🇪 Uma economia ‘kaput’
Acelen resiste à Petrobras e aposta em combustível verde

Luiz de Mendonça, CEO da Acelen. Ilustração: Daniela Arbex
A Acelen, dona da refinaria de Mataripe, vive um momento delicado com a Petrobras: importa 40% do petróleo que processa, mesmo operando num dos maiores países exportadores de óleo. A empresa alega no Cade que a estatal vende petróleo a preços menos atrativos, favorecendo suas próprias refinarias.
O embate ocorre enquanto a Acelen, que comprou a segunda maior refinaria do Brasil por US$ 1,65 bilhão em 2021 em um processo de privatização, tenta mostrar resultados: investiu R$ 2 bilhões, ampliou o processamento de petróleo e bateu 83 recordes de produção. A empresa, controlada pelo fundo árabe Mubadala, faturou R$ 43,8 bilhões em 2023.
Em paralelo, a Acelen acelera sua aposta em combustíveis sustentáveis com um investimento de US$ 3 bilhões numa biorrefinaria. O diferencial é usar a macaúba como matéria-prima, um produto que pode oferecer mais óleo vegetal que a soja. A unidade de negócios é independente da refinaria tradicional – que segue com futuro incerto após conversas de venda com a Petrobras esfriarem por diferenças sobre qual é o valor de mercado da planta.
Veja mais na reportagem de Rikardy Tooge.
Por que a economia alemã ficou para trás

A Alemanha tem lutado para cortar as emissões de CO2 e foi forçada a reiniciar usinas de carvão ociosas. Foto: Ksenia Ivanova/The Wall Street Journal
A Alemanha, antes um modelo de sucesso econômico, hoje enfrenta diversas crises simultâneas:
📈 O antigo motor de crescimento da Europa agora vê sua economia encolher há dois anos
🏭 A produção industrial já caiu 10%
🧑🏭 Com custos em alta e exportações em baixa, milhares de postos de trabalho desaparecem todo mês
Por trás do problema há fatores externos, como:
🇺🇦 A guerra na Ucrânia, que complicou o acesso alemão ao gás natural russo
🇨🇳 A desaceleração econômica na China e seu impacto sobre as vendas para fora da Alemanha
Mas o país também pecou por inovar pouco e se fiar nos bons resultados econômicos do passado recente, ignorando as mudanças de panorama que já despontavam no cenário global.
Enquanto a economia alemã estava crescendo, deixando de lado a crise financeira e a crise da dívida da Zona do Euro, não havia pressão para corrigir o curso.
Agora, a dependência excessiva do carvão e do gás natural da Rússia é um dos exemplos de como essa acomodação chegou para cobrar seu preço.
Leia mais na reportagem do Wall Street Journal, em português.
Edição: Ana Carolina Moreno