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Selic deve voltar aos 14,25%, como no governo Dilma, mas agora é pior. Entenda
O juro real, acima da inflação, começa a chegar perto dos dois dígitos – uma realidade que fazia parte de outra era geológica da economia

Bom dia, você vai ler hoje:
↗️ O juro real de quase dois dígitos
🧴🥊 P&G x Unilever
Selic deve voltar aos 14,25%, como no governo Dilma. Mas agora é pior

Ilustração: João Brito
Tinha virado sinônimo de “rentismo”. Entre julho de 2015 e outubro de 2016 o país viveu sob uma Selic de 14,25% – algo que não se via desde a década anterior. Agora, se a bola já cantada pelo Banco Central desde dezembro se confirmar, a taxa volta para esse patamar sombrio.
Só tem um detalhe. Naquela época, o juro real (acima da inflação) ficou entre 3% e 6%, a depender do IPCA que estivesse debaixo da tal Selic de 14,25%.
Agora, a situação é bem pior:
A mesma taxa representa um juro real de 9% — o maior do mundo.
A expectativa do Boletim Focus, vale lembrar, é que ela chegue a 15% neste ano, e só comece a baixar em 2026.
É uma enorme deterioração de expectativa. Há um ano, o Focus esperava que a Selic terminasse 2025 em 9% — e o juro real, em 5%.
Entenda melhor o panorama dos juros nesta análise de Alexandre Versignassi.
P&G deixa Unilever para trás na briga pelo armarinho do seu banheiro

Foto: AdobeStock
Por quase um século, Procter & Gamble (P&G) e Unilever travam uma intensa disputa pelo espaço nas prateleiras dos lares ao redor do mundo. Nos últimos anos, porém, a americana P&G foi de retardatária a líder na disputa com sua concorrente europeia.
Em 2024, o valor de mercado da P&G ultrapassou US$ 400 bilhões.
O resultado veio depois que a empresa desistiu de equilibrar pratos demais, abandonando o setor alimentício e mercados emergentes instáveis e focando esforços em suas marcas mais consolidadas, como Tide, Pampers e Gillette.
Ajudou o fato de que a pandemia impulsionou como nunca a demanda por produtos de limpeza para casa.
Agora, a Unilever, com valor de mercado em cerca de US$ 150 bilhões, tenta reverter a desvantagem, acelerando uma reestruturação sob a liderança de seu novo CEO, Fernando Fernandez.
Ele pretende vender marcas não essenciais e focar em produtos de maior margem. Hoje, a companhia tem 30 marcas poderosas que respondem por 70% das vendas, como o sabão Omo, os sabonetes Dove e os sorvetes Magnum.
Hoje, um terço da renda anual da Unilever vem de produtos alimentícios e sorvetes, e mais da metade do negócio está em mercados emergentes.
Entenda mais nesta reportagem do Wall Street Journal (em português).
Edição: Ana Carolina Moreno