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Redução de perda, R$ 7 bilhões em investimentos e discussão milionária no RJ: a nova fase da Iguá
Após reorganização, empresa de saneamento eleva margens, ganha concessões e negocia R$ 828 milhões em reequilíbrio contratual no Rio de Janeiro

Bom dia, você vai ler hoje:
🚰 Os R$ 7 bilhões da Iguá
🔌❌🛢️ Eletricidade x petróleo
Redução de perda, R$ 7 bi em investimentos e discussão milionária: a nova fase da Iguá

Foto: Getty Images
A Iguá Saneamento encerrou 2024 entregando melhora operacional ao mesmo tempo em que passou por uma grande mudança entre seus controladores.
No ano passado, a geração de caixa da empresa cresceu 25,8%, atingindo R$ 881,5 milhões, com margem Ebitda de 43,5% – avanço de 4,7 pontos percentuais em um ano. A receita líquida ultrapassou R$ 2 bilhões pela primeira vez – 12,3% em relação a 2023.
A empresa agora se prepara para assumir concessões de 74 municípios de Sergipe e 28 cidades do Paraná, que exigirão R$ 7 bilhões em investimentos. Enquanto amplia sua operação, a companhia busca um desconto de R$ 828 milhões pela sua concessão no Rio de Janeiro, onde encontrou discrepâncias entre os indicadores prometidos e a realidade encontrada.
Um exemplo é o índice de perdas de água. O edital do leilão dizia que ele era de 35%. No mundo real, a empresa descobriu que se tratava de 54% – e reduziu para 46% após três anos de gestão.
A transformação societária também marcou o último ano, com a saída da gestora IG4 Capital. O Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) assumiu o controle, com 66,5% de participação, enquanto a Alberta Investment Corporation detém 24% e o BNDESPar, 9,5%.
Douglas Casagrande, CFO da Iguá, resume: "Estamos em uma nova fase, com acionistas que têm um horizonte alinhado ao tempo das nossas concessões".
Leia mais nesta reportagem de Rikardy Tooge.
O crescimento econômico agora depende da eletricidade, não do petróleo

Foto: AdobeStock
A segurança energética global está em transição. Se nas últimas décadas era fundamental manter reservas de petróleo para se blindar contra uma possível escassez, a partir de agora a estabilidade depende da energia elétrica.
Na virada do século, a demanda por eletricidade nos EUA crescia 1% ao ano. Em 2024, o ritmo já triplicou, motivado por fenômenos de alcance mundial:
O crescimento da demanda por data centers para processar inteligência artificial
Os carros elétricos e seus carregadores de alta potência
Atender essa nova necessidade exige investimento pesado em geração, distribuição e transmissão. E traz desafios regulatórios.
Embora a economia já esteja sendo transformada pela nova era da eletricidade, a política segue centrada nos combustíveis fósseis em vários países – Brasil incluído. Nos EUA, a transição energética está no centro da rixa entre democratas e republicanos, agora que Trump eliminou restrições à emissão de CO2 e subsídios para a energia limpa.
Entenda mais nesta reportagem do WSJ (em português).
Edição: Ana Carolina Moreno