Recompra de dívidas por empresas triplica e traz desafio para investidor da renda fixa

Bom dia, você vai ler hoje:

💸 Prêmios das debêntures em baixa
👨‍👩‍👧‍👦 Os herdeiros da WEG
🪖 CEOs x tarifas

Resgate de debêntures: bom para as empresas, nem tanto para o investidor

Se você busca um ganho extra na renda fixa investindo em títulos privados, prepare-se: a recompra de debêntures triplicou de volume em um ano. Empresas como C&A, CCR, Cosan e Suzano estão antecipando pagamentos para alongar dívidas e reduzir custos. Para elas, ótimo. Para quem investe, nem tanto.

Diferentemente da recompra de ações, que pode impulsionar o preço dos papéis na bolsa, o resgate antecipado de debêntures significa que você vai receber seu dinheiro de volta, mas terá que correr atrás de outro investimento. 

O problema?

• Os prêmios, ou seja, aquela parcela acima do CDI que os títulos privados pagam, estão cada vez menores. Caíram para menos da metade do que se via no fim de 2023 – como a Selic/CDI entrou em ascendente, os prêmios dos títulos novos não precisam ser tão grandes assim para atrair novos compradores.

• As empresas estão aproveitando essa queda para recomprar seus próprios títulos e lançar outros, com prêmios mais modestos. E os investidores que recebiam CDI mais uma bala vão ter de realocar seus recursos em aplicações menos generosas.

Por outro lado, com a Selic em 13,25%, e a inflação prevista para fechar o ano em 6%, mesmo investimentos que não pagam prêmio algum (como o Tesouro Selic) já propiciam um retorno nada frugal.

Entenda mais na reportagem de Sérgio Tauhata.

Vídeo: WEG, a líder na produção de bilionários

A multinacional de Jaraguá do Sul (SC) criou uma tradição de superar expectativas a cada balanço, com margens de lucro fora da curva para o setor industrial. 

Mas quem teve expectativas superadas mesmo foram os herdeiros dos fundadores, Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghauss, de cujas iniciais saiu o nome WEG.    

29 pessoas ligadas à empresa estão na mais recente lista de bilionários da revista Forbes, o maior número para uma empresa brasileira.

Neste capítulo da série “Negócios de família”, do InvestNews, a jornalista Letícia Toledo fala sobre alguns dos herdeiros do trio fundador, como Livia Voigt, a bilionária mais jovem do mundo, e Anne Werninghaus, a mais rica entre eles.

Guerra tarifária de Trump coloca CEOs na linha de frente

As salas de reunião das empresas americanas viraram as trincheiras da nova guerra comercial de Donald Trump.

Enquanto os aumentos ainda eram só uma ameaça, os executivos tentaram se preparar, fazendo estoque ou prometendo investir nos EUA em troca de alguma isenção da Casa Branca.

Mas agora, com a batalha deflagrada, há efeitos dos quais não se pode fugir:

• O CEO da Target, Brian Cornell, já avisou que o preço de alimentos frescos, como os abacates vindos do México, devem subir em questão de dias.

• O chefe da Best Buy, Corie Barry, viu as ações da companhias caírem 13% na terça, com o anúncio das tarifas (e recuperar só 0,5% na quarta), depois de ter afirmado que seus maiores fornecedores de eletrônicos são a China e o México.

Entenda esse e outros impactos nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.

Edição: Ana Carolina Moreno