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Por que o poder de compra dos argentinos no exterior foi à estratosfera
Entenda também como o governo Milei domou a inflação na Argentina

Bom dia, você vai ler hoje:
🇦🇷 O círculo virtuoso da Argentina
🫧 A IA é uma bolha?
Por que o poder de compra dos argentinos no exterior foi à estratosfera

Ilustração: João Veloso
Uma interessante combinação de indicadores econômicos lá na Argentina foi sentida por todo o Brasil nesse verão:
A cotação do dólar no mercado paralelo deles – usada pelas pessoas físicas – estabilizou-se (a alta em 2024 foi de apenas 3%).
Só que a massa salarial dos trabalhadores, em pesos, subiu 145% em um ano – por conta dos repasses de inflação nos contracheques.
Com o peso estável e os argentinos embolsando mais, o poder de compra deles em dólar mais do que dobrou.
Por isso muitos deles se esbaldaram nas férias em diversas cidades brasileiras, achando tudo bem barato.
Dentro de casa, o efeito foi menor porque a inflação em 12 meses está em 85%. Ela ainda é alta, mas não chega perto dos 300% do início de 2024. E está a caminho de voltar a porcentagens mais terráqueas, abaixo dos dois dígitos.
Entenda como as reformas de Milei domaram a inflação argentina, nesta reportagem de Alexandre Versignassi.
A bolha da internet deixou traumas – e aprendizados para a era da IA

Foto: Getty Images/Comstock
Nesta semana completam-se 25 anos desde que o índice composto da Nasdaq atingiu o pico da chamada bolha da internet — seguido de uma queda retumbante que até hoje deixa trauma em muitos investidores.
Muitos começam a se perguntar se a corrida da inteligência artificial pode estar no mesmo rumo. Mas o momento é de observar a principal lição daquela época: bolhas podem ser ruins – mas também têm algo de bom.
Uma bolha é ruim quando envolve ativos que não tornam a economia mais produtiva — por exemplo, a construção de casas no deserto.
Mas ela é boa quando acelera a adoção de novas tecnologias. Por exemplo, algumas das sete empresas mais valiosas hoje nasceram ou surgiram de sementes da “era ponto-com”. Sem contar a infraestrutura de fibra óptica construída desde então.
As Big Techs podem estar longe de lucrar com seus caríssimos modelos de IA, data centers e chips. Mas o valor econômico e os avanços tecnológicos que elas devem trazer estão longe de ser desprezíveis.
Para separar o joio do trigo na hora de investir, o importante é entender as soluções que cada empresa tem a oferecer em termos de IA — e o potencial delas para a economia. Não é simples, como não foi lá na virada do século.
Entenda mais nesta reportagem do Wall Street Journal (em português).
Edição: Ana Carolina Moreno