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O que está por trás da alta do café, que dobrou de preço no mercado internacional
Problemas simultâneos nas lavouras do Brasil e do Vietnã criaram o salto mais recente. Mas o buraco é mais embaixo

Bom dia, você vai ler hoje:
☕💸 Café: alta de 95% – em dólar
⛽ Os problemas da ‘supercana’ de Eike
💪 Neymar negocia compra da Ironberg
💰 O clube dos 24 superbilionários
O que está por trás da alta do café, que dobrou de preço no mercado internacional

Ilustração: João Brito
A inflação não vai bem. A do café, pior ainda: 50% nos últimos 12 meses. Só em janeiro, uma paulada de 8%.
Mas o fenômeno é global. Na ICE, a bolsa de commodities de Nova York, a alta foi de 95% no mesmo período. O salto maior aconteceu em novembro do ano passado: 33% só nesses 30 dias.
O problema: Brasil (38%) e Vietnã (17,2%) são os maiores produtores. Juntos, respondem por 55% do suprimento global.
Mas entre o final de 2024 e o início de 2025, os dois tiveram problemas com as plantações – por conta de períodos mais prolongados de seca. Isso causou o salto dos últimos meses.
Só que o buraco é mais embaixo. A demanda segue crescendo – alta de 4% nos últimos cinco anos. Mas a produção estagnou nesse período. Em alguns anos, foi menor do que a demanda, já que as mudanças climáticas tornam os períodos de seca mais recorrentes. Resultado: o estoque global está diminuindo. Despencou 44% desde 2020.
Ou seja: as razões para a alta de agora são pontuais. Mas o big picture mostra que, para o longo prazo, é possível que o café barato se torne apenas uma doce lembrança do passado.
Veja mais nesta reportagem de Ana Carolina Moreno.
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A inflação de superbilionários

Fotos: Getty Images
Em 1987, a Forbes publicou sua primeira lista de bilionários. Para os padrões atuais, era uma pobreza. O mais rico ali era o japonês Yoshiaki Tsutsumi, magnata do setor imobiliário japonês. Ele tinha US$ 20 bilhões. Isso dá US$ 55 bilhões de hoje, corrigidos pela inflação.
Trata-se de uma fração da fortuna do atual líder do ranking, Elon Musk, com seu patrimônio de US$ 419,4 bilhões.
Não é só isso. Vamos voltar para 1987 de novo. Lá atrás, só 140 pessoas tinham US$ 1 bilhão. Atualizando de novo, em nome da precisão, isso dá US$ 2,87 bi.
Bom, hoje 1.232 pessoas possuem um net worth igual ou maior do que esse. E…
24 pessoas têm mais de US$ 50 bilhões;
16, mais de US$ 100 bilhões
Veja mais sobre o universo dos ultrarricos nesta reportagem do Wall Street Journal (em português).
Edição: Ana Carolina Moreno