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No mercado da carne de 2025, frango ganha espaço enquanto carne bovina recua
Enquanto BRF surfa onda do frango, Marfrig se prepara para oferta menor de bovinos, refletindo a nova realidade do mercado

Bom dia, você vai ler hoje:
🐄🐔 A vaca e o frango
💰 O sheik com US$ 1,4 trilhão na bazuca
Frango avança, boi recua: o que esperar do mercado de carnes

Foto: AdobeStock
Os balanços de BRF e Marfrig, ambas controladas por Marcos Molina, antecipam uma mudança significativa no consumo de proteínas do brasileiro para 2025. A carne bovina, que em 2024 teve aumento de preços de 20%, caminha para se tornar um produto mais premium, com queda projetada de 8,9% no consumo por habitante.
Enquanto isso, o frango bate recordes: a ABPA prevê consumo de 46,6 kg per capita, um recorde que reforça ainda mais sua posição de proteína preferida. Essa tendência já ajuda a galinácea BRF, que obteve lucro de R$ 3,7 bilhões em 2024, após anos no vermelho.
"O negócio se encontra em um excelente momento", destacou Miguel Gularte, CEO da dona da Sadia e da Perdigão. Já Rui Mendonça, da Marfrig América do Sul, aponta o desafio: "Seguimos focados em agregar valor aos nossos produtos."
Com exportações em alta para China, Oriente Médio e México, as empresas encontram no mercado externo compensação para os ajustes internos de consumo. Além disso, a aposta em produtos industrializados, como nuggets e hambúrgueres, cresce como estratégia de diversificação.
Leia mais nesta reportagem de Rikardy Tooge.
Ele controla US$ 1,4 trilhão — e quer investir pesado em IA

Sheik Tahnoon e o ex-presidente dos EUA, Joe Biden. Foto: Reprodução/Instagram
Desde 2022, quando seu irmão assumiu a presidência dos Emirados Árabes Unidos (EAU), o Sheik Tahnoon bin Zayed Al Nahyan ganhou um “prêmio de consolação”: o controle de dois fundos estatais com US$ 1,4 trilhão em ativos.
Isso fez de Tahnoon o controlador da maior fortuna do planeta. E ele quer investir essa montanha de dólares em empresas de inteligência artificial, principalmente as americanas, que já frequentam seu luxuoso palácio há anos.
Um novo fundo liderado por ele, batizado de MGX e dedicado à IA, deve receber mais de US$ 50 bilhões de sua própria carteira, além de outras fontes de Abu Dhabi.
O MGX é um dos investidores prometidos do Projeto Stargate, que também conta com o japonês SoftBank.
Outros bilhões devem ser gastos pelo Group 42, controlado por Tahnoon.
Ele é um dos muitos que veem a IA revolucionando a economia no futuro. E seu objetivo final é garantir que os Emirados não durmam no ponto e se tornem um hub da área, com data centers e — quem sabe — até sua própria fábrica de chips.
Veja mais nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.
Edição: Ana Carolina Moreno