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Natura desiste de ambição global e volta às raízes para superar crise da Avon

A compra de marcas internacionais acabou reduzindo o crescimento e aumentando as dívidas da companhia

Bom dia, você vai ler hoje:

💄 Natura volta às raízes
📺 As metas da Netflix para 2030

Natura desiste de ambição global para superar crise da Avon

Foto: Bloomberg/Leon Neal

O dia D da Natura está marcado: 25 de abril. Mas você pode chamar de dia A, de Avon. Essa é a data em que os acionistas do Brasil e do exterior votarão sobre a maior reestruturação desde a compra da Avon em 2019. O plano é justamente desfazer o que a companhia construiu quando adquiriu a rival americana há cinco anos. 

Naquela época, o sonho de criar o quarto maior conglomerado de cosméticos do mundo parecia ter virado realidade. O problema é que o preço da ambição global foi alto demais. A companhia, que em seu auge alcançou mais de 100 países, viu sua lucratividade despencar, ao mesmo tempo em que suas dívidas cresceram.

A partir de 2023, não deu mais para segurar: o grupo enxugou a estrutura internacional, vendendo a australiana Aesop e a britânica The Body Shop.

Agora, só falta a Avon Internacional:

  • A proposta a ser votada em abril é para que a Natura Cosméticos incorpore a Natura & Co. (a holding criada com a compra da Avon).

  • Com isso, a “Natura original” retoma o papel de operação principal e reorganiza os negócios para desenrolar a venda da operação da Avon além das fronteiras da América Latina.

E o foco volta a ser no mercado brasileiro.

Os planos da Netflix para fazer parte do ‘Clube do Trilhão’

Ilustração: João Brito

Depois de ver suas ações subirem mais de 50% em 12 meses, a Netflix traçou metas mais do que ambiciosas para 2030:

  • Dobrar a receita (de US$ 39 bilhões em 2023 para US$ 78 bilhões);

  • Triplicar o lucro operacional, que foi de US$ 10 bilhões no ano passado;

  • Mais que dobrar seu valor de mercado, atualmente em US$ 400 bilhões, para entrar para o exclusivíssimo clube de empresas trilionárias.

Para chegar lá, ela pretende elevar a receita com publicidade a US$ 9 bilhões (as estimativas atuais indicam um patamar de US$ 2,15 bi para 2025) e ao mesmo tempo aumentar a base de assinantes em um terço, de 301,6 milhões para 410 milhões. Essa versão mais barata de assinatura já representa 43% dos novos clientes da empresa nos EUA.

A combinação dessas duas fontes de receita explica o otimismo todo com a companhia.

No mercado internacional, menos saturado que o americano,  Brasil e Índia estão entre os alvos da Netfilx. Afinal, a enorme população e o avanço da banda larga nos territórios representam um terreno fértil para expandir a clientela.

Entenda a estratégia da Netflix nesta reportagem do WSJ (em português).

Edição: Ana Carolina Moreno