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Na Ambipar, o fundador enriquece enquanto a empresa luta contra dívidas bilionárias
Grupo fez mais de 40 aquisições em cinco anos e alimentou dúvidas sobre capacidade de gerir tantos processos ao mesmo tempo

Bom dia, você vai ler hoje:
↗️ Os questionamentos sobre a Ambipar
👨👩👧👦 Negócios de Família: Suzano
🇨🇩🇺🇲 A oferta do Congo para Trump
Crise de confiança e valorização inexplicável: o que acontece com a Ambipar?

Ilustração: João Brito
Num momento em que o mercado financeiro discute a relação com o universo ESG, a maior empresa brasileira do setor enfrenta sua própria crise. A Ambipar, líder planetária na área de gestão ambiental, vive um período de questionamentos por parte dos investidores.
Essa crise de confiança vem do seguinte:
Desde seu IPO em 2020, o grupo expandiu na velocidade da luz, comprando 43 empresas em dois anos e pouco.
Isso acendeu o sinal amarelo para o aumento do endividamento e a capacidade de entregar resultados.
Além disso, em 2024 as ações tiveram valorização de 2.800% entre as cotações mínima e a máxima.
O problema é o motivo da alta: o fundador e sócio majoritário, Tercio Borlenghi Jr., recomprou ações e agora tem 73,48% da empresa. E a Trustee adquiriu uma fatia relevante, em 8,98%.
Com isso, apenas 17,54% dos papéis estão negociados na B3, abaixo do nível mínimo de 20% definido pela B3 para o segmento Novo Mercado, do qual a Ambipar faz parte.
Essa valorização ao “estilo criptomoedas” lançou dúvidas sobre a governança do grupo. Daqui para a frente, o desafio para a Ambipar será justificar com resultados o salto de quase dez vezes no valor de mercado (dos R$ 2,5 bilhões no IPO para os atuais R$ 22 bilhões).
Veja mais nesta reportagem de Sérgio Tauhata.
Negócios de Família: conheça melhor os Feffer, controladores da Suzano
Durante a Segunda Guerra Mundial, o imigrante húngaro Leon Feffer, vendedor de papéis em São Paulo, viu na dificuldade do Brasil em importar o produto uma oportunidade: vendeu a casa e as joias da esposa e usou o dinheiro para construir uma fábrica de papel.
Quando seu filho Max entrou na empresa, em 1949, ele liderou a equipe que descobriria como produzir celulose com fibra de eucalipto.
Esses dois grandes nomes por trás da Suzano revolucionaram a indústria global de papel e fizeram da família Feffer a quarta mais rica do Brasil.
Na série Negócios de Família, a jornalista Letícia Toledo te conta todos os detalhes dessa história e explica como os herdeiros se organizaram para manter o controle da empresa — até pelo menos 2042.
Congo, devastado pela guerra, diz a Trump: expulse os rebeldes daqui e leve os minérios

Dezenas de grupos armados operam nas selvas do leste do Congo. Foto: Yannick Tylle/ Getty Images
Em fevereiro, Félix Tshisekedi, presidente da República Democrática do Congo, enviou uma carta a Donald Trump com uma proposta:
Ele pediu aos EUA um “pacto formal de segurança", pelo qual a superpotência forneceria apoio militar para o Congo derrotar o M23, um grupo de rebeldes que já tomou regiões do país, rico em minérios, com ajuda do governo da vizinha Ruanda.
Em troca, Tshisekedi ofereceu ao presidente dos EUA acesso às reservas congolesas de cobalto, lítio, cobre e tântalo, minerais essenciais para a indústria de tecnologia.
A estratégia do presidente congolês é aproveitar a fome dos EUA por recursos naturais:
Sem tântalo e cobalto não dá para fabricar smartphones e laptops.
E o lítio está para os carros elétricos assim como o petróleo está para os que rodam com motor a combustão.
Um intermediário encaminhou a carta, à qual o Wall Street Journal teve acesso.
Leia mais nesta reportagem do WSJ (em português).
Edição: Ana Carolina Moreno