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Não postou, não treinou: a onda dos ‘fotógrafos de corrida’, que virou um negócio

Boom do esporte amador cria uma nova fauna de empresas especializadas

Bom dia, você vai ler hoje:

🏃🏽‍♀️📸 O boom do mercado de corrida
🐔 O sonho do galinheiro próprio

Não postou, não treinou: a onda dos 'fotógrafos de corrida', que virou um negócio

Ilustração: João Brito. Foto: Getty Images/Klaus Vedfelt

O número de inscrições para eventos esportivos cresceu 45% em 2024. Só em São Paulo, são seis provas por fim de semana. Uma das mais importantes, a Maratona Internacional de SP, acontece neste domingo (6), e vai reunir 21.763 atletas inscritos, 10% acima do número do ano passado.

Mesmo com tudo isso, o circuito oficial ficou pequeno para quem trabalha nesse mercado. É que não foram só os atletas e entusiastas que se multiplicaram exponencialmente. Junto deles, surgiu uma infinidade de negócios e prestadores de serviços para atender a um público cheio de energia – e dinheiro – para gastar.

A Fotop, plataforma especializada em cobertura fotográfica de eventos esportivos, sentiu em cheio esse efeito: hoje, são nada menos do que 50 mil fotógrafos freelancers. Eles tiram fotos dos corredores nas provas e vendem para os próprios esportistas postarem nas redes.

Porque para muita gente é aquela coisa: não postou, não treinou. Tanto que o volume de vendas de fotos e vídeos dobrou no ano passado, levando o faturamento da empresa para perto de R$ 100 milhões. 

Ter galinhas no quintal virou febre nos EUA, mas nem todo mundo está feliz com isso

Kathy Shea Mormino, de Connecticut, disse estar feliz em ver o aumento da criação de galinhas nos quintais, mas sugere que novos proprietários tenham cautela. Foto: Kathy Shea Mormino

11 milhões de casas com galinheiro nos Estados Unidos. Até outro dia, em 2018, era bem menos: 5,8 milhões. A onda de realizar o sonho da galinha própria tomou forma na pandemia e veio crescendo desde então. Quem surfou, provavelmente ficou orgulhoso da iniciativa nos últimos meses, com o boom no preço dos ovos – o que transforma toda galinácia na galinha dos ovos de ouro em pessoa. 

Mas, como diria Milton Friedman, não existe ovo grátis.  

  • Montar um galinheiro completo não é barato. O gasto inicial médio, nos EUA, é de R$ 8,5 mil, podendo chegar a R$ 14 mil por um "galinheiro inteligente", com câmeras e alarme contra predadores.

  • Vizinhos reclamam que os galinheiros atraem ratos, por conta da sujeira toda. O jeito é tentar comprar a simpatia deles oferecendo ovos de presente.

  • Outra dificuldade é achar veterinários que saibam cuidar das aves. "Galinha não é uma máquina de ovos", alerta Kathy Shea Mormino, defensora experiente do hobby.

Mesmo assim, talvez seja possível afirmar que o prazer bucólico de criar galinhas em casa, definitivamente, não tem preço.

Edição: Ana Carolina Moreno