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FGTS: como ele virou ferramenta fiscal — e o que isso significa para o futuro do fundo

O FGTS se tornou uma das engrenagens da política econômica brasileira. O que pode dar errado?

Bom dia, você vai ler hoje:

💵 A metamorfose do FGTS
🌎 Um efeito colateral das tarifas

FGTS: como ele virou ferramenta fiscal

Ilustração: João Brito

Ele foi criado para servir como reserva de emergência para quem trabalha e, na outra ponta, financia crédito imobiliário a juros menores. Mas, de uns anos para cá, isso mudou. 

O FGTS se tornou um dos principais instrumentos usados por governos para impulsionar a economia e, ao mesmo tempo, contornar limites de gastos.

De saques extraordinários ao saque-aniversário, e agora com o empréstimo consignado com garantia do saldo, o fundo passou a ser usado para estimular o consumo. 

No total, quase R$ 176 bilhões foram liberados de forma extraordinária desde 2016. E agora, em 2025, a expectativa do governo é que o empréstimo consignado movimente mais de R$ 100 bilhões em apenas três meses.

Esse novo papel, porém, pode comprometer a sustentabilidade do fundo. 

A matemática comercial de Trump ignora aquilo que os EUA mais exportam: serviços

Foto: Bloomberg/Bonnie Cash

Donald Trump tem razão ao dizer que os EUA registram déficit comercial com o resto do mundo — ele chegou a US$ 1,2 trilhão em 2024. Mas isso em relação aos bens, produtos físicos que a gente guarda no bolso, vê nas prateleiras, rodando pelas ruas, ou voando pelo céu.

Quando o assunto é exportar serviços, os EUA viram o superávit nessa categoria crescer de US$ 77 bilhões em 2000 para US$ 295 bilhões.

Aqui entram de assinaturas da Netflix às consultorias financeiras do JPMorgan.

Embora esse tipo de comércio não tenha sido envolvido diretamente na guerra tarifária, os serviços dos EUA podem virar vítimas colaterais nesse tiroteio:

  • A União Europeia, por exemplo, já está indo atrás das empresas de tecnologia americanas em resposta às ameaças tarifárias de Trump.

  • Além disso, cidadãos estrangeiros podem decidir boicotar serviços americanos como retaliação individual ao novo protecionismo.

Edição: Ana Carolina Moreno