• O Essencial
  • Posts
  • Edge Group, dos Emirados Árabes, investe no Brasil para criar uma 'nova Embraer', de mísseis

Edge Group, dos Emirados Árabes, investe no Brasil para criar uma 'nova Embraer', de mísseis

Multinacional de defesa vê na brasileira SIATT a tecnologia e a custo competitivo necessários para desafiar um monopólio global

Bom dia, você vai ler hoje:

🇦🇪🇧🇷 Um polo tecnológico com dinheiro árabe
💻 As batatas quentes do novo CEO da Intel

Edge Group, dos Emirados Árabes, investe no Brasil para criar uma ‘nova Embraer’, de mísseis

Rodrigo Torres, presidente e diretor financeiro do grupo desde 2021. Ilustração: João Veloso

Há dois anos, o Edge Group, um conglomerado de empresas dos Emirados Árabes Unidos, desembarcou no Brasil com um plano:

  • Adquirir 50% da SIATT, fabricante de mísseis antinavio com sede em São José dos Campos (SP);

  • Conectar a empresa ao mercado de exportação;

  • Desafiar um monopólio francês vigente há décadas, rivalizando em tecnologia com o míssil Exocet, mas a preços menores.

Em entrevista à repórter Ana Carolina Moreno, o carioca Rodrigo Torres, presidente global do Edge, diz que pretende com isso criar uma “nova Embraer”: uma empresa de alta tecnologia brasileira capaz de brigar com qualquer gigante global. 

Torres também afirma que o Brasil deve servir de hub para o Edge Group na América Latina, tanto na área de defesa como na de segurança pública.

Nesse outro mercado, em 2024, o grupo comprou 51% da Condor, empresa do Rio de Janeiro líder mundial em “tecnologias não-letais”, como bombas de gás lacrimogêneo. A ideia, nesse caso, é atrair investimentos das secretarias de Segurança Pública.

Intel: os desafios do novo CEO para tirar a empresa da lama

Lip-Bu Tan, novo CEO da Intel e ex-membro do conselho da companhia. Foto: Bloomberg

Lip-Bu Tan, novo CEO da Intel, tem 65 anos, décadas de experiência na indústria de semicondutores e pouco tempo para mostrar resultados aos impacientes investidores, cansados com o achatamento da outrora gigante americana de chips, que deixou de embarcar no bonde da IA generativa e perdeu três quartos de seu valor de mercado desde 2021.

Tan ainda não revelou se vai tentar desmembrar a Intel. A empresa desenha e fabrica chips. A parte de fabricação perde dinheiro – e ex-conselheiros já pediram que esse pedaço fosse vendido para a concorrência.  

A decisão, de qualquer forma, não deve ser imediata — segundo banqueiros, conversas recentes com potenciais compradoras empacaram logo de início.

Mas há duas medidas que especialistas esperam vê-lo tirar do papel:

  • Mais demissões, além das 15 mil vagas cortadas em 2024 (segundo fontes próximas a ele, o executivo não tem medo de enxugar equipes para cortar gastos drasticamente);

  • Trazer financiadores, incluindo empresas interessadas em ao menos se tornar sócias do negócio de fabricação.

Edição: Ana Carolina Moreno