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De metrô a saneamento: os planos (bilionários) da Acciona no Brasil
Com operações em mais de 40 países, gigante espanhola de infraestrutura investe no metrô de SP e agora expande para o saneamento

Bom dia, você vai ler hoje:
🚇 A expansão da Acciona
💊 O declínio da Walgreens
Brasil, a 'terra de oportunidades' na rota bilionária da Acciona

André De Angelo, responsável pela Acciona no Brasil. Ilustração: João Brito
A Acciona, uma gigante de infraestrutura da Espanha que faturou €19,2 bilhões no ano passado, vê o Brasil como um de seus mercados prioritários para investimentos. "É difícil ter hoje no mundo um país que tenha um plano claro de concessões como aqui", diz André De Angelo, responsável pela companhia no país, em conversa com o InvestNews.
A empresa, que já lidera a construção da Linha 6 do Metrô de São Paulo, um projeto de R$ 19 bilhões que hoje é considerado o principal empreendimento de infraestrutura da América Latina, agora ingressa no setor de saneamento com um contrato de R$ 2 bilhões para atender 48 municípios no Paraná.
Esse é apenas o primeiro passo: a Acciona quer criar uma grande plataforma de saneamento básico no país, já avaliando oportunidades em Minas Gerais, Pernambuco, Bauru (SP) e Brusque (SC), além de considerar aquisições de empresas já estabelecidas no segmento.
Além disso, a empresa tem no radar outros três grandes projetos: a Linha 16 do Metrô de São Paulo, o túnel Santos-Guarujá e o novo centro administrativo do governo paulista.
Leia mais nesta reportagem de Rikardy Tooge e Lucinda Pinto.
Por que a Walgreens, gigante do varejo farmacêutico nos EUA, caiu 90% da bolsa e acabou nas mãos de um private equity

Foto: AdobeStock
A rede de farmáricas Walgreens tem mais de 120 anos de atividade e um século sendo negociada em bolsa nos Estados Unidos, onde atingiu seu pico de valor de mercado — US$ 106 bilhões — em 2015.
Mas desde então caiu 90% na bolsa. Na quinta passada, ela fechou o capital e foi comprada pela Sycamore Partners por meros US$ 10 bilhões – trata-se de um fundo de private equity, aqueles que compram empresas em dificuldades para consertá-las e vender depois.
Há mais de um motivo por trás desse declínio, mas todos eles nasceram da aposta da Walgreens em manter milhares de lojas físicas — nos moldes das farmácias americanas, que funcionam como magazines, vendendo de tudo.
A falta de investimentos nas vendas on-line fez cair as receitas, à medida que o e-commerce ganhou a preferência dos clientes.
Mas as farmácias americanas contam com outra receita importante: os reembolsos que as seguradoras de saúde pagam por remédios que o plano cobre.
Concorrentes como a CVS se movimentaram para adquirir planos de saúde — e garantir reembolsos gordos. A Walgreens se manteve independente; e ficou com reembolsos magros.
Agora, cheia de dívidas, ela corre o risco de ser desmembrada pela Sycamore.
Entenda mais sobre o futuro da Walgreens nesta reportagem do Wall Street Journal, em português.
Edição: Ana Carolina Moreno