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Como a crise da ex-Odebrecht está tirando a Braskem da corrida global das petroquímicas

Sem definir seu controle há mais de dez anos, petroquímica brasileira perde valor e espaço enquanto concorrentes globais se consolidam

Bom dia, você vai ler hoje:

📉 O encolhimento da Braskem
🚘 Carros high-tech (demais)

Como a crise da Odebrecht está tirando a Braskem da corrida global das petroquímicas

Imagem de uma instalação industrial complexa, semelhante a uma refinaria ou planta petroquímica, onde um trabalhador com roupa de proteção azul e capacete vermelho caminha entre tubulações de aço e uma torre de destilação ao fundo, evidenciando um ambiente de trabalho técnico, seguro e bem organizado.

Foto: Maria Magdalena Arrellaga/Bloomberg

A maior empresa brasileira do setor petroquímico vive um dilema há quase oito anos: foi posta à venda pela controladora Novonor (a antiga Odebrecht), não atraiu compradores e não consegue fazer grandes investimentos para concorrer na área, que vive um momento de expansão.

Por essas, a Braskem está cada vez mais barata. Desde 2017, seu valor de mercado derreteu quase 90%:

Gráfico de linha intitulado "Em queda livre", mostrando a evolução do valor de mercado da Braskem de 2001 a 2025 em bilhões de dólares, destacando um pico em 2010 e uma tendência de queda acentuada até 2025; fonte: Mercado, elaboração GTF Capital

Por vários motivos:

  • O desastre ambiental em Maceió custou cerca de R$ 18 bilhões;

  • A tentativa de compra pela Adnoc, de Abu Dhabi, morreu na praia — foi o quarto namoro que não chegou ao altar.

Não bastasse isso, agora a Adnoc juntou forças com a OMV, da Áustria, e criou o Borouge Group International, que já nasce sete vezes maior que a Braskem. E o novo grupo ainda vai comprar a Nova Chemicals, do Canadá, expandindo-se para as Américas.

Resultado: cresce o risco de a Braskem perder ainda mais espaço.

Entenda os desdobramentos dessa crise na reportagem de Lucinda Pinto, no InvestNews.

A tecnologia dos carros está deixando as pessoas loucas

Imagem de close-up da lateral de uma porta de carro azul metálico com maçaneta embutida e aerodinâmica, refletindo luz em um acabamento perolado.

Foto: Divulgação/Volkswagen

Câmera 360, tela sensível a toque, realidade aumentada no para-brisa… Para cada vez mais motoristas, o frenesi high-tech automotivo está inventando mais geringonças do que acessórios. Por exemplo:

  • Em Montreal, no Canadá, o dono de um Volkswagen elétrico precisou entrar no carro pelo bagageiro depois que a maçaneta (que só aparece quando o sensor detecta a chegada do portador da chave) travou por causa do frio.

Desde 2020, a proporção de motoristas que acham os controles dos carros pouco intuitivos subiu de 21% para 46%. 

Isso sem contar os custos mais altos — e nem sempre explícitos — das inovações:

  • Em Nevada, nos EUA, o dono de uma caminhonete da Toyota tentou ligar seu carro à distância, para ele esquentar sozinho numa manhã fria, mas descobriu que seu chaveiro não serve pra isso: o único jeito era pagar US$ 15/mês pelo app da montadora;

  • Além disso, bater o carro significa pagar a mais pra consertar câmeras e sensores externos. O custo médio para recalibrar esse tipo de equipamento nos EUA é de US$ 600 — e quase um quarto dos reparos exigiram esse serviço no ano passado.

Edição: Ana Carolina Moreno