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Com derrocada do petróleo, junior oils podem enfrentar maior teste desde 2021
Primeiro grande teste após a pandemia para petroleiras independentes brasileiras, que agora veem suas margens operacionais sob pressão

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Bom dia, você vai ler hoje:
🛢️ A queda do petróleo e as junior oils
✏️ Musk apela para Milton Friedman
Com o petróleo no menor valor desde 2021, junior oils vivem maior teste dos últimos anos

Foto: AdobeStock
Com o barril abaixo de US$ 65, as petroleiras independentes brasileiras – as “junior oils” – enfrentam o seu maior teste em quatro anos: o óleo não registrava preços tão baixos desde abril de 2021, antes da recente queda de 14,3% desencadeada pelas novas tarifas comerciais anunciadas por Trump.
Prio e PetroReconcavo devem mostrar mais resiliência por terem operações maduras e margens mais confortáveis. Já a Brava Energia, criada no ano passado da fusão entre 3R e Enauta, enfrenta perspectiva mais complexa de integração das empresas aliada a uma margem operacional mais apertada.
A Brava, por exemplo, vinha baseando seus planos na expectativa de preços médios em torno de US$ 70 por barril. Abaixo desse patamar, estratégias de investimento podem entrar em xeque. Segundo o Bank of America, em cenário extremo de tarifas nos EUA combinadas com aumento na produção da Opep+, o Brent poderia cair para até US$ 50.
Desde o anúncio do pacote tarifário americano, as ações das petroleiras registraram quedas expressivas: Brava Energia (-19,1%), PetroReconcavo (-15,6%) e Prio (-12,8%).
Veja mais nesta reportagem de Rikardy Tooge.
Elon Musk escancara tensões na Casa Branca

Foto: Samuel Corum/Sipa/Bloomberg
O lápis vendido em qualquer papelaria só existe porque uma pessoa de algum país extraiu minério de ferro, usado em outro país para fundir aço, que foi exportado para mais outra nação – e serviu para fabricar a serra que derrubou a árvore de onde saiu a madeira. Tem ainda o grafite, a borracha, a tinta… Cada um provavelmente vindo de um canto diferente do mundo.
A anedota, bem conhecida, é do economista Leonard E. Read (1898-1983), mas foi eternizada em um vídeo do economista Milton Friedman (1912-2006) como a lição mais simples, e brilhante, sobre a importância do livre comércio. Ele voltou a viralizar nesta segunda-feira (7) depois de ganhar um retuíte de Elon Musk.
Há dias ele tece críticas veladas ao tarifaço de Donald Trump.
Primeiro, Musk desdenhou a formação de Harvard de Peter Navarro, o conselheiro do presidente sobre comércio exterior. Disse que o ego inflado pelo diploma atrapalha e que Navarro “nunca construiu nada”.
Depois, o CEO da Tesla defendeu uma zona de livre comércio entre EUA e Europa — a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, avisou que topa a eliminação recíproca de tarifas.
Na verdade, além de Navarro e o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, há poucos soldados de Trump defendendo essa guerra.
Leia mais sobre a repercussão das tarifas nesta reportagem do WSJ (em português).