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Brasil ou EUA? Gerdau reavalia destino de investimento bilionário
Siderúrgica repensa aporta no Brasil, que vive 'invasão' do aço chinês, ou se prioriza EUA, onde tarifas de Trump podem impulsionar a demanda local

Bom dia, você vai ler hoje:
🏗️ A balança da Gerdau
🇺🇲 Trump 3.0??
Gerdau reavalia investimentos entre Brasil e EUA

Ilustração: Daniela Arbex
A Gerdau também produz aço na América do Norte, e suas operações por lá respondem por 36% do faturamento.
E agora, diante do cenário de guerra tarifária e competição com o aço chinês, a siderúrgica coloca seus projetos de investimento na balança. A dúvida é como alocar os recursos: se no Brasil ou em outros mercados onde atua, caso dos Estados Unidos.
"Se o governo federal não intensificar a defesa comercial brasileira até junho, a empresa irá debater se vale a pena manter o volume de investimentos que coloca no Brasil", afirmou Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, ao InvestNews.
Para 2025, a siderúrgica aprovou um plano de investimentos de R$ 6 bilhões em produtividade e aumento de capacidade. Segundo Werneck, olhando friamente para o cenário atual, os EUA seriam muito mais atrativos para esses aportes.
O principal problema no Brasil, segundo o executivo, é a "invasão" do aço chinês, que seria vendido a preços abaixo do custo de produção. Ele cita ainda o alto custo da energia, com o gás natural custando quatro vezes mais do que nos EUA, e as incertezas com a reforma tributária.
Trump pode mesmo tentar um terceiro mandato?

Ilustração: João Brito
Donald Trump começou a deixar claro que a ideia de um terceiro turno na presidência dos EUA não é piada. Disse no domingo (30), que “seus apoiadores têm lhe perguntado sobre isso”. Mais tarde, falou à NBC que “é cedo” para pensar no assunto, mas que, sim, “há meios” de tentar uma terceira eleição presidencial – algo proibido nos EUA.
A Constituição Americana é clara. "Nenhuma pessoa poderá ser eleita para o cargo de presidente mais de duas vezes", estipula a 22ª emenda. Como Trump conseguiria, então? O Wall Street Journal perguntou a especialistas.
E a forma mais realista, fora uma improvável mudança na Constituição, é:
Virar Secretário de Estado
Se os cargos de presidente e vice ficarem vagos, a linha sucessória americana indica que o próximo a assumir é o Secretário de Estado – chefe das relações internacionais. Se esse cargo estiver com Trump e os dois acima dele renunciarem, o atual ocupante da Casa Branca poderia virar presidente pela terceira vez.
Entenda mais nesta reportagem do WSJ (em português).
Edição: Ana Carolina Moreno