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Apagão de mão de obra coloca em risco crescimento de empresas em todos os setores
Desemprego perto da mínima histórica torna mais difícil para as companhias preencherem vagas

Bom dia, você vai ler hoje:
👷 ‘Temos (muitas) vagas’
🍝 Almoço na firma
Falta de mão de obra já freia o crescimento de empresas em diversos setores

Ilustração: João Brito
A falta de profissionais qualificados em busca de emprego está levando empresas brasileiras a atrasar entregas, rejeitar clientes e repassar aumentos de custos para os preços.
Na construção civil, mais de 82% das empresas relatam falta de trabalhadores e 21% já admitem atrasos na entrega de obras.
Mas o problema é multisetorial. A Gerdau, por exemplo, vive problemas para encontrar engenheiros metalurgistas no mercado, contou o CEO Gustavo Werneck ao InvestNews.
Para driblar o entrave, empresas como a Foresea, do setor de óleo e gás, estão contratando primeiro e ensinando depois. O grupo criou um programa no qual registrou com carteira assinada dezenas de interessados que vão passar até dois anos em treinamento para exercer funções técnicas.
Outras andam apelando para o cashback. A usina Santa Terezinha, do Paraná, passou a oferecer bônus em dinheiro aos funcionários que indicarem novos profissionais. De cara, a pessoa que trouxer outra ganha R$ 200. Se o candidato se mantiver na empresa, o responsável pela indicação ganha mais R$ 800.
Veja mais nesta reportagem de Sérgio Tauhata.
A marmita que você leva de almoço está prejudicando a economia

Foto: AdobeStock
Um novo indicador econômico está dentro da geladeira do refeitório da firma. Cada vez mais americanos estão optando por almoçar marmitas levadas de casa, em vez de comer nos restaurantes perto do trabalho.
Segundo a empresa de análise Circana, as compras de almoço em restaurantes caíram 3% em 2024.
Enquanto isso, a compra de alimentos em supermercados para consumo em casa ou no trabalho subiu 1%.
Dados da empresa Black Box Intelligence mostram que o fluxo de clientes nos restaurantes fast-food caiu 4,2% no primeiro trimestre, em comparação com o ano anterior.
A parte da saúde conta, mas a grande motivação provavelmente é o preço. Uma pesquisa recente mostrou que funcionários gastaram em média US$ 21 para comer em restaurantes próximos ao trabalho em 2024, contra US$ 16 em 2023.
Agora, as novas tarifas de importação ameaçam aumentar ainda mais os preços nos EUA. E se mais gente reagir levando comida de casa para o escritório, muitos restaurantes talvez não sobrevivam.
Entenda mais nesta reportagem do WSJ (em português).
Edição: Ana Carolina Moreno